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O Conselho de Segurança da ONU “condenou firmemente” o golpe na Guiné-Bissau e pediu o regresso do poder civil, depois de os militares terem detido o primeiro-ministro, o Presidente e outros membros do Governo.
O primeiro-ministro e candidato presidencial, Carlos Gomes Júnior, o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, António Indjai, estão detidos, tal como alguns ministros. E há membros do Governo refugiados nas delegações da União Europeia e da Cruz Vermelha.
“Os militares estão a ir às casas dos ministros para os deterem e, em alguns casos, a vandalizá-las quando não os encontram”, disse ao PÚBLICO uma fonte que acompanha no terreno o golpe da Guiné. A mesma fonte adiantou que os militares em rebelião estão claramente a tentar concentrar os representantes dos órgãos de soberania, muitos dos quais na Fortaleza Amura, que é hoje a sede do Estado Maior das Forças Armadas.
Quase um dia após o golpe, os membros do Conselho de Segurança da ONU condenaram a acção militar e pediram “o restabelecimento imediato das autoridades civis”, para além da “libertação imediata dos detidos”. A declaração condena ainda “a ingerência de militares na política” do país. A embaixadora norte-americana na ONU, Susan Rice, sublinhou que a situação no terreno “evoluiu rapidamente”.