Bactérias comuns podem sobreviver em ambientes extremos inospitos em nosso planeta ? quais são elas ? como elas sobrevivem lá ?
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Os seres humanos têm um gosto bastante peculiar. Sol, temperatura amena, ar fresco e bebidas refrescantes podem fazer a alegria de qualquer pessoa, mas seriam desagradáveis e até mortais para outros organismos. É que, na natureza, muitas espécies se especializaram em viver em ambientes tão diferentes do nosso que jamais se contentariam com sombra e água fresca. Para esses bichos, bons mesmo são lugares escaldantes, congelantes, com extremos de pressão, toxinas aos montes, falta de água ou de oxigênio. São os chamados seres extremófilos, os habitantes dos piores lugares do planeta.Com nutrientes e espaços pouco explorados, os ambientes extremos são tentadores demais para que os seres vivos não descubram um modo de habitá-los. Mas, mesmo para os extremófilos, sobreviver nesses locais não é fácil. Aperte, esquente ou esfrie um pouco um organismo e muitos de seus sistemas param de funcionar: substâncias se concentram a ponto de destruir células, reações químicas deixam de acontecer e proteínas mudam de formato e perdem sua função.Uma das maneiras de sobreviver a isso tudo é jogar na retranca e não encarar de frente as dificuldades – muitos deles “desligam” o metabolismo até que a situação volte ao normal. E olha que a espera pode demorar: esporos de bactérias achados em cristais de sal continuavam inteiros depois de 250 milhões de anos. Para alguns cientistas, é possível que eles nunca morram. “Se essas evidências se confirmarem, não há motivo para duvidar que esporos de bactérias possam ser imortais”, afirma o zoólogo David Wharton, autor do livro Life at the Limits(“Vida nos Limites”, sem tradução para o português). Esse, no entanto, é apenas um dos truques desses seres. A seguir, você conhecerá os piores ambientes e os mais intrépidos organismos do planeta.Vidas muito secasOs grandes desertos só são desertos na nossa imaginação. Não existe nesses locais nenhum terreno estéril: cada centímetro possui plantas, animais ou microorganismos. A dificuldade de se viver ali, como se sabe, é a escassez de água, um dos fatores mais essenciais à vida. Além de compor muitas moléculas, a água é o meio em que acontecem as reações químicas dos organismos.A principal solução para escapar desse problema é fugir do calor. O maior refúgio do deserto é o subsolo, um lugar com bem menos sol e mais umidade que a escaldante areia da superfície. Em épocas de seca, um sapo do deserto de Sonora, Estados Unidos, se enterra a quase 1 metro de profundidade e permanece ali por até nove meses. Formigas e cupins, os principais invertebrados de muitos desertos, constroem a parte visível de seus ninhos em posições estratégicas para receber mais raios solares no início ou fim do dia, e menos quando o sol está mais forte. Os vegetais fazem diferente. As plantas do deserto têm de duas a seis vezes mais tecidos embaixo da terra do que em cima e, para aumentar suas chances de obter água, espalham-se por uma área enorme. Algumas chegam a lançar as raízes mais de 75 metros para os lados.Quem quiser permanecer ativo durante os momentos mais secos precisa de algumas adaptações. O camelo é um animal valioso em desertos por viver até 15 dias sem beber em um calor de mais de 30 graus centígrados. Nos meses mais frios, ele retira toda a água que precisa dos alimentos que consome. O segredo é agüentar níveis de desidratação que matariam um ser humano e absorver o máximo de líquido quando tiver chance: ao encontrar água, ele pode beber 130 litros – ou uma banheira cheia – de uma só vez. Além disso, o pêlo reflete a luz solar, a urina é concentrada, cavidades no nariz absorvem a umidade do ar e, em vez de tentar esfriar o organismo, ele simplesmente deixa a temperatura do corpo flutuar.Cada espécie da região tem seus artifícios para descolar mais água. Um besouro da Namíbia, por exemplo, possui cavidades em seu corpo capazes de coletar a umidade do ar. Outros insetos são capazes de agüentar altos níveis de desidratação – ou seja, continuar funcionando mesmo quando o sangue está muito concentrado. O extremo dessa habilidade está nos organismos em que o metabolismo pára porque o corpo desidratou quase completamente – o maior animal a conseguir esse feito é a larva da mosca Polypedilium vanderplanki, com meio centímetro de comprimento. Nessa espécie de hibernação forçada, a larva resiste a situações ainda mais extremas, como temperaturas acima de 100 graus centígrados ou abaixo de zero. A razão é que ela não tem água dentro do corpo para congelar ou ferver, mas isso não explica tudo. Ainda falta muito para entendermos todos os mecanismos que esses superseres utilizam para sobreviver a tamanha falta de água.
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