No final dos anos 1960 houve mobilizações estudantis em outras partes do mundo ou apenas no Brasil? Quais eram as reivindicações desses estudantes?
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Nas décadas de 1960 e 1970, o movimento estudantil brasileiro foi importante foco de resistência e mobilização social à ditadura civil-militar. Organizados em diversas entidades representativas, como os DCEs (Diretórios Centrais Estudantis), as UEEs (Uniões Estaduais dos Estudantes) e a UNE (União Nacional dos Estudantes), suas reivindicações, protestos e manifestações influenciaram os rumos da política. Os estudantes protestavam por causas específicas como a ampliação de vagas nas universidades públicas, por melhores condições de ensino, contra a privatização e também em defesa das liberdades democráticas e por justiça social.
Em março de 1968, o estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto foi morto pela polícia militar no Rio de Janeiro (RJ) durante um protesto, o que causou comoção popular e marcou o início de intensas mobilizações contra o regime. Com receio que a Polícia Militar sumisse com o corpo de Edson Luís, os estudantes o levaram para ser velado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
A notícia da tragédia havia se espalhado e mais de 50 mil pessoas tomaram as ruas. A UNE decretou greve geral, entidades estudantis de vários estados solidarizavam-se com o ato, sindicalistas, artistas, religiosos e intelectuais demonstravam apoio ao movimento. Em junho do mesmo ano, a chamada “Passeata dos 100 mil” marcou a história da resistência e teve participação expressiva de estudantes.
Entre 1968 e 1978, sob o AI-5 e a Lei de Segurança Nacional de 1969, ocorreram os chamados Anos de Chumbo. Neste período, houve um estado de exceção com controle sobre a mídia e a educação, censura sistemática, prisão, tortura, assassinato e desaparecimento forçado de opositores do regime.
Em 1974 começaram a surgir os primeiros sinais da recuperação do movimento estudantil. A nova geração de estudantes, que militaram e lideraram as frentes universitárias da década de 1970, teve pela frente o árduo trabalho de reconstruir as organizações estudantis. O Congresso de reconstrução da UNE aconteceu Salvador, em 1979, reivindicando mais recursos para a universidade, defesa do ensino público e gratuito, assim como pedindo a libertação de estudantes presos do Brasil.
Com o fim da ditadura militar, o movimento estudantil voltou às ruas para defender suas bandeiras e a consolidação da democracia no país. Em 1984, estudantes participaram ativamente da Campanha das “Diretas Já”, com manifestações e intervenções importantes nos comícios populares.
Em março de 1968, o estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto foi morto pela polícia militar no Rio de Janeiro (RJ) durante um protesto, o que causou comoção popular e marcou o início de intensas mobilizações contra o regime. Com receio que a Polícia Militar sumisse com o corpo de Edson Luís, os estudantes o levaram para ser velado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
A notícia da tragédia havia se espalhado e mais de 50 mil pessoas tomaram as ruas. A UNE decretou greve geral, entidades estudantis de vários estados solidarizavam-se com o ato, sindicalistas, artistas, religiosos e intelectuais demonstravam apoio ao movimento. Em junho do mesmo ano, a chamada “Passeata dos 100 mil” marcou a história da resistência e teve participação expressiva de estudantes.
Entre 1968 e 1978, sob o AI-5 e a Lei de Segurança Nacional de 1969, ocorreram os chamados Anos de Chumbo. Neste período, houve um estado de exceção com controle sobre a mídia e a educação, censura sistemática, prisão, tortura, assassinato e desaparecimento forçado de opositores do regime.
Em 1974 começaram a surgir os primeiros sinais da recuperação do movimento estudantil. A nova geração de estudantes, que militaram e lideraram as frentes universitárias da década de 1970, teve pela frente o árduo trabalho de reconstruir as organizações estudantis. O Congresso de reconstrução da UNE aconteceu Salvador, em 1979, reivindicando mais recursos para a universidade, defesa do ensino público e gratuito, assim como pedindo a libertação de estudantes presos do Brasil.
Com o fim da ditadura militar, o movimento estudantil voltou às ruas para defender suas bandeiras e a consolidação da democracia no país. Em 1984, estudantes participaram ativamente da Campanha das “Diretas Já”, com manifestações e intervenções importantes nos comícios populares.
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