• Matéria: História
  • Autor: ANA12239
  • Perguntado 8 anos atrás

RESUMO DO CICLO DO CAFE MIM AJUDA PORFAVOR


MaoGamer: é da época do café com leite?
ANA12239: n do ciclo do cafe na epoca da escravidao
MaoGamer: ata foi mal n sei

Respostas

respondido por: MalvadãoVila
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No início do século XIX o café atingiu alto valor no mercado europeu. Aproveitando essa oportunidade, em 1830 já era o produto mais exportado pelo Brasil, desbancando o ouro e o açúcar. 

A principal região produtora de café era o Vale do Paraíba e, Paraty era o porto mais próximo para embarcar o café com destino a Europa. Começava na vila um movimento nunca antes visto. 

Mais de 20.000 animais passavam por ano carregados com sacas de café e outros produtos agrícolas para serem vendidos no Rio de Janeiro. 

Renasceu o comércio, apareceram armazéns que compravam e/ou estocavam o café e que era inclusive plantado no município. 

Nessa mesma época a economia paratiense foi beneficiada com a vinda da família real em 1808 para o Rio de Janeiro. Acompanhada de toda a nobreza de Portugal e acostumada com elevados índices de consumo, os produtos paratienses eram rapidamente vendidos na capital. Para atender essa demanda, havia uma navegação regular entre Paraty e o Rio de Janeiro feita por dez barcos a vela e um a vapor. 

Com o fruto dessa atividade comercial, foi possível construir mais uma igreja - a de Nossa Senhora das Dores. Paralelo e pouco distante do Caminho do Ouro, abriu-se um novo caminho, todo calçado de pedra para que os tropeiros passassem com mais segurança. Em 1808 a população foi calculada em 6.128 habitantes. 

Foi nesse período de crescimento que o calçamento das ruas da vila foi terminado. Em 1830 contava-se na vila mais de 400 casas, sendo 40 sobrados, e aproximadamente 10.000 habitantes, dos quais 3.500 eram escravos. Tão intenso estava o desenvolvimento da vila que em 1844 foi elevada com o título de cidade. Nas casas do centro predominavam a arquitetura de armazéns e lojas, com portas no lugar de janelas e, quando sobrado, o comércio era no térreo e a residência no andar superior. 

Em 1850 contava-se mais de 150 alambiques em Paraty e 16.000 habitantes. Entretanto a riqueza ficava na mão de poucos. O relevo montanhoso e recortado por vários rios dividia naturalmente as propriedades rurais entre vários pequenos agricultores e/ou produtores de aguardente (no censo de 1920 Angra dos Reis possuía 15 propriedades rurais enquanto em Paraty havia 133). Os intermediários, com seus armazéns e barcos para vender a mercadoria no Rio de Janeiro, conseguiam impor os preços ao produtor garantindo assim boa margem de lucro. 

Havia em Paraty, assim como em todo Brasil colonial, três classes de casa de negócios: comerciantes, negociantes e vendeiros. 

A primeira delas era formada pelos proprietários de grandes capitais de giro, que compravam toda a produção das fazendas ou importavam diretamente os produtos da Europa, ficando com toda a carga dos navios que chegavam. Esses vendiam as negociantes que revendiam ao público final e aos vendeiros (proprietários de pequenas vendas nas áreas rurais). 

Fonte: www.paraty.tur.br 


A partir de 1830, o café se transformou no principal produto das exportações brasileiras. Foi cultivado inicialmente no Rio de Janeiro e posteriormente, a produção estendeu-se para Minas Gerais, São Paulo e Paraná. 

Entre 1840 e 1850, o café representava mais de 40% do total das exportações brasileiras. O açúcar ainda representava 27% e o algodão 8%. Nas décadas de 1920 e 1930, o Brasil continuava dependendo da monocultura agrícola, quando 70% das exportações brasileiras eram originadas do café. 
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