• Matéria: Biologia
  • Autor: davidoliver007
  • Perguntado 8 anos atrás

URGENTE POR FAVOR
Com base no “texto 2 – Ilha de Krakatoa”, por que o caso da ilha de Krakatoa e da floresta Amazônica podem ser classificados como sucessão ecológica?

Catástrofe e Renascimento em Krakatoa:
Quem navega hoje pelo arquipélago localizado entre as ilhas de Sumatra e
Java pode ver Rakata, uma ilha coberta por densas florestas verdes. É difícil imaginar
que em 1883 ocorreu ali um dos mais violentos eventos vulcânicos de que se tem
notícia. Da ilha vulcânica de Krakatoa restou apenas a extremidade sul, chamada
Rakata, coberta por uma camada de cinza vulcânica incandescente, com temperatura
entre 300 °C e 850 °C e mais de 40 metros de espessura. Depois de esfriar, a cinza
transformou-se em rocha vulcânica porosa de baixa densidade, a pedra-pome. Esse
evento catastrófico extinguiu todas as formas de vida em terra firme daquela ilha.
Uma expedição biológica realizada em maio de 1884 encontrou no local
apenas uma pequena aranha, provavelmente trazida pelo vento de alguma ilha situada
a pelo menos 44 quilômetros de distância. Em outubro do mesmo ano, foram
encontradas duas espécies de gramínea crescendo sobre as rochas vulcânicas. Em
1886, entre gramíneas e arbustos, havia 15 espécies estabelecidas na ilha. Onze anos
depois, em 1897, já eram 49 espécies.
Em 1919, 36 anos após a catástrofe, Rakata estava coberta por pradarias e
alguns pequenos trechos de floresta. Na década de 1930, apresentava amplas áreas
de floresta em substituição às pradarias. Hoje, a ilha está coberta por uma floresta
tropical, típica da região.
Em 1997, o professor Ian Thornton, da Universidade Latrobe, na Austrália, fez
o seguinte comentário a respeito da recolonização de Rakata: “Uma lição otimista: o
ecossistema de floresta tropical é capaz de se recuperar de danos traumáticos
extremos, se deixado sem interferência por tempo suficiente. Em um século, o que
restou de Krakatoa está agora coberto por floresta tropical, desde praia até seu pico
de 800 metros de altura. Existem agora mais de 400 espécies de plantas vasculares,
milhares de espécies de moluscos terrestres, 17 espécies de morcegos e 9 de répteis.
E esses componentes do sistema tiveram de atravessar 44 quilômetros de oceano
para atingir as ilhas.
Migrando agora para um exemplo mais próximo de nós, temos o processo de
sucessão ecológica que ocorreu na região da América do Sul. Com exceção dos
Andes, a maior parte da América do Sul é muito antiga geologicamente, incluindo o
território brasileiro. Desse modo, não há vulcões ativos no Brasil. Contudo, no passado
geológico o continente sul-americano foi afetado por eventos vulcânicos gigantescos,
com parte dos fenômenos globais que construíram e transformaram a crosta terrestre.
Na região amazônica, por exemplo, pesquisas já identificaram vulcões muito
antigos e derrames de material vulcânico em rios e lagos que compreendem milhares
de km2
da superfície, cuja atividade ocorreu há mais de 17 milhões de anos. A
magnitude desses eventos nos faz refletir como foi inóspito o ambiente nessa época.
Portanto podemos inferir que as comunidades existentes no nosso planeta não
surgiram de uma vez. A densa floresta Amazônia não surgiu pronta. Ela se formou aos
poucos, após derrame de lava, com organismos que foram colonizando as rochas ali
formadas e criando condições para que outros organismos ali se instalassem, até
chegar à complexa e exuberante comunidade de seres vivos que ali ocorre. A floresta
Amazônia é um exemplo de comunidade clímax. Assim como em Rakata que também
exibe hoje comunidade clímax em seu território.
Importância do assunto:
A natureza viva não é imune à destruição, mas é capaz de superar desastres.
Esse é o ponto central do texto complementar acima, sobre a recuperação do
ecossistema em Rakata, porção remanescente da ilha Krakatoa (Indonésia), após a
violenta erupção vulcânica de 1883.
A recolonização de Rakata é um exemplo do que os biólogos denominam
sucessão ecológica, assunto tratado no primeiro item do curso de sustentabilidade
ambiental. Ao estudar esse tema, você poderá constatar quanto os seres vivos
dependem uns dos outros. A vida em nosso planeta é um empreendimento coletivo,
em que diferentes espécies contribuem para a construção de ecossistemas
complexos. Quanto maior for a nossa compreensão da trama da vida na natureza,
maiores serão as nossas chances de conviver harmoniosamente com ela e
promovendo um desenvolvimento amigavelmente correto ou sustentável.
O estudo da sucessão ecológica abre caminho para conhecer os diferentes
tipos de comunidades que atingem seu clímax em diferentes biomas no planeta:
cerrados, savanas, florestas, desertos etc. A valorização e a preservação desses
ambientes naturais são desafios para a humanidade. Reconhecer as feições
características de cada ambiente é mais que cultura: é um exercício de cidadania e um
ato de preservação de nós mesmo como espécie que habita e divide os mesmo
recursos naturais.

Respostas

respondido por: Pefix
11
Bom dia

Primeiramente uma definição do que é sucessão ecológica:  Sucessão ecológica é o nome dado à sequência de comunidades, desde a colonização até a comunidade clímax, de determinado ecossistema.
Estas comunidades vão sofrendo mudanças ordenadas e graduais.

As primeiras plantas que se estabelecem são denominadas pioneiras, e vão gradualmente sendo substituídas por outras espécies de porte médio até que as condições ambientais chegam uma comunidade clímax.

Tanto a Floresta Amazônica quanto as Ilhas de Krakatoa já estão em seu clímax, ou seja, ambas já passaram por tudo o processo de sucessão de comunidades conforme falei ali em cima, por isso, podem se afirma que elas já passaram pela sucessão ecológica.
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