• Matéria: Português
  • Autor: Anônimo
  • Perguntado 8 anos atrás

expliquei todos os pretéritos

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respondido por: pablogabrielpgoyym9g
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Olá, Eu espero que te te ajude, Um abraço. Pretérito perfeito. Como é sabido, pretérito (do latino praeteritum) significa ‘passado’. Vem do adjectivo prateritus-a-um, particípio do verbo praeterire (= passar; ultrapassar). Chamar-se pretérito ao tempo verbal do passado, já nos vem dos gramáticos latinos… Pretérito, pois. Mas, na terninologia gramatical portuguesa, há o pretérito perfeito,  o pretérito imperfeito e o pretérito mais-que-perfeito, palavras que nos vêm, pois,  do latim: perfectum, neutro de perfectus-a-um, que quer dizer “acabado”, “completado”; imperfectum, que quer dizer “não acabado”. Isto para dizer que o pretérito perfeito exprime uma acção acabada no passado: ontem litrês livros.

Pretérito imperfeito. Exprime acção no passado, continuada (não acabada, imperfeita – lembra o aspecto verbal dos linguistas modernos…): quando passei por lá ontem, ele lia um livro.

Pretérito mais-que-perfeito. Exprime sempre uma acção perfeita (=acabada) num passado anterior a outro passado, e é por isso que é ‘mais-que-perfeito’: quando o vi ontem, já ele lera (tinha lido) um livro.

Mas estes e outros tempos verbais podem usar-se em dois modos – indicativo e conjuntivo – e podem ter forma simples e composta. Vejamos:

Pretérito perfeito do indicativo, simples:  ontem eu li  um bom livro; composto:  tenho lido bons livros.

Pretérito perfeito do conjuntivo (só composto): oxalá que ele tenha lido bons livros;

Pretérito imperfeito do indicativo (só simples): ele lia um livro.

Pretérito imperfeito do conjuntivo (só simples): oxalá que ele lesse bons livros.

Pretérito mais-que-perfeito.do indicativo, simples: eu lera um bom livro; composto: eu tinha lido um  livro..

Pretérito mais-que-perfeito do conjuntivo (só composto): (se) eu tivesse lido um bom livro.

Não esquecer, pois, os tempos compostos que, para todos os verbos, seja qual for o tempo e o modo, se formam com o auxiliar ter*. Repetindo alguns exemplos de acima: eu tenho lido (p.p. composto do indicativo); eu tenha lido (p.p. composto, do conjuntivo).

Estamos falando dos tempos do pretérito. Mas há outros tempos que também têm forma composta (com o auxiliar ter, claro*). Só um exemplo: eu terei lido um livro (futuro perfeito do indicativo).

Tudo isto é claro, mas não é muito simples… Há por aí, no entanto, uns iluminados (os da tal TLEBS…) que pretendem, decerto, tornar mais complicada esta terminologia que nos veio, já, e tão precisa, do Latim. Não tal e qual, do latim clássico, mas mediante o latim vulgar, do qual, como é sabido, provêm as línguas novilatinas. O plus-que-parfait francês, bem como o pluscuamperfecto espanhol, estão mais próximos do latino plusquam perfectumdo que o nosso mais-que-perfeito, que terá vindo, mais tardiamente, de ummagis quam perfectum*

* Obs.: o verbo haver, como auxiliar dos tempos compostos, usou-se muito desde o séc. XVI e por aí adiante, mas está caindo em desuso.

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