• Matéria: Português
  • Autor: claudyajbe
  • Perguntado 8 anos atrás

Gente qual a ideia principal desse texto:

A casa e o hotel. A matriz de qualquer serviço humano
que implique receber pessoas é a hospitalidade doméstica.
Daí que receber, em qualquer circunstância, será
sempre cumprir um ritual teatral, mesmo quando se quer
passar por informal. Há frases rituais: “Faça de conta que
a casa é sua”, diz o anfitrião; “Que gentil! Não precisava
ter pensado nisso”, diz a anfitriã ao receber o vaso de
flores; “Da próxima vez será lá em casa”, diz o hóspede ao se retirar. Há distâncias físicas a serem respeitadas,
ruídos e cheiros a serem evitados, um protocolo para se
ir ao banheiro, uma marcação, repita-se, teatral. Essas
são leis não-escritas. Dependendo da quantidade e da
qualidade da infração, a hospitalidade se transforma no
seu reverso – hospitalidade e hostilidade são palavras de
mesma raiz e origem. A hostilidade é, assim, a ruptura
do vínculo que a hospitalidade sedimenta.
Nada disso desaparece, inteiramente, quando a operação
é comercial, sobretudo no caso de um hotel. Pessoas,
mesmo protegidas pelos crachás de hoteleiro e cliente, não
deixam de ser pessoas e de se converter em anfitrião (o
dono do lugar) e hóspede (o estranho) e a continuar tendo
como referência o ritual de receber das casas. Hoje já
se aceita que a engenharia de gestão do hotel é tentar, de
alguma forma, articular um jeito de ser profissional (objetivo,
assertivo) e outro hospitaleiro (saber jogar conversa
fora, esticar uma conversa, até mesmo, às vezes, deixar
que a intimidade avance).
Como tudo acontece intuitivamente, os resultados
dessa articulação são os mais variáveis.
Podem traduzir-se em
uma atitude que chamaríamos de
pré-profissional, servil, algo que
remete às raízes históricas dos
métiers ligados à hotelaria, todos
surgidos a partir de atividades
que poderíamos chamar de servis.
Podem traduzir-se, também,
em uma atitude antiprofissional,
quando esse calor humano, essa
vontade de satisfazer o hóspede,
traduz-se, perversamente, em
negócios clandestinos. Mas há,
felizmente, exemplos cada vez
mais significativos de profissionais que conseguem uma
espécie de sobreprofissionalização, uma articulação de
negócio e calor humano, que os ingleses vêm chamando
de hospitabilidade.


por favor quem sabe ja li mil fez e ainda não entendi a ideia principal kk

Respostas

respondido por: alineonline
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O texto fala sobre como lidar com hóspedes em estabelecimentos comerciais.
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