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Resposta:
A partir de 1830, já no período imperial, a expansão da cultura cafeeira aumentou a necessidade de mão de obra. Ao mesmo tempo cresciam as pressões contra o tráfico negreiro, principalmente da Inglaterra, preocupada com a concorrência, já que nas colônias inglesas no Caribe o comércio de escravos havia sido proibido, e os produtos exportados tinham ficado mais caros.
Em 1831, cumprindo acordos firmados com a Inglaterra, o governo brasileiro declarou o tráfico ilegal no território nacional. Mas o comércio continuou em grande escala. Diante disso, o Parlamento britânico aprovou, em 1845, a Bill Aberdeen, lei que dava à Marinha de Guerra inglesa o direito de aprisionar tumbeiros em qualquer ponto do Atlântico. A pressão inglesa era cada vez maior, e, em 1850, foi promulgada a Lei Eusébio de Queiroz, que novamente proibia a entrada de escravos no país. Dessa vez, o governo brasileiro empenhou-se em cumpri-la. Com o fim do tráfico, a escravidão entrou em declínio. Para suprirem a demanda por mão de obra, os fazendeiros e o governo imperial começaram a incentivar a vinda de imigrantes europeus. O trabalho assalariado tornou-se cada vez mais comum, em oposição à escravatura, que passou a ser vista como algo anacrônico. Além disso, percebeu-se que o trabalho compulsório era um empecilho ao desenvolvimento do capitalismo, pois atravancava a formação do mercado interno. Só por volta de 1880 surgiu um movimento pró-abolição.