1. O texto apresenta um trecho da fala do presidente da província da Bahia sobre o cumprimento da Lei Áurea. Identifique no texto situações ocorridas no pós-abolição que contradizem essa fala.
2. De que forma os ex-escravos resistiram às tentativas de seus antigos senhores de forçá-los a reviver práticas escravistas?
3. Atualmente, ainda existem formas de trabalho análogas à escravidão no Brasil. Em grupos, pesquisem sobre esse tema para criar um cartaz de combate ao trabalho escravo.
Respostas
1. Na fala do presidente da província da Bahia, há a afirmação de que a Lei Áurea, que aboliu a escravidão, não sofreu resistência por parte dos donos de escravos que, pelo contrário, tiveram um comportamento exemplar.
Porém, o texto fornece casos, indicados em jornais ou relatórios policiais, de manutenção de algumas práticas escravistas, como o uso da senzala como moradia para os ex-escravos; alguns senhores mantiveram ex- escravos em cárcere privado, agressões físicas para não pagar pelo seu trabalho, recusa da entrega de jovens que estavam sob tutela, etc.
b) A população ex-escrava resistiu a estes desmandos, procurando denunciar os seus antigos senhores aos jornais e policiais, entraram na justiça contra eles, dentre outras ações.
c) Infelizmente, alguns exemplos de trabalho escravo presentes hoje no Brasil são o infantil; imigrantes que trabalham em tecelagens clandestinas (como bolivianos em São Paulo), trabalhadores escravos em plantações, etc.
Bons estudos!
1 - O texto registra como, apesar da Lei Áurea, escravos ainda continuavam a morar em senzalas, e em alguns casos ainda sofriam punições físicas.
2 - De acordo com o texto, os ex-escravos recorriam à instituições como a polícia e a imprensa para serem ouvidos e registrar suas queixas.
3 - O trabalho análogo ao escravo é aquele que submete o trabalhador ao exercício forçado de uma profissão ou função, sem remuneração adequada, em condições de tratamento insalubres ou jornadas de trabalho com duração exaustiva.
Contextualizando as repercussões do escravagismo
Os trechos apresentados no texto demonstram um contexto que testemunha como começou a adaptação da sociedade às novas realidades da abolição da escravatura.
Mesmo ocorrendo com relativa tranquilidade na Bahia, no sudeste as populações negras recém-libertas enfrentaram resistência por parte de seus antigos empregadores. Isso significa que, para estas populações, mesmo tendo sua liberdade garantida por lei, ainda era necessário recorrer à imprensa e à polícia para denunciar maus tratos e a tentativa de perpetuar práticas análogas ao escravo após a abolição.
Nos dias de hoje, a classe das empregadas domésticas é uma das que mais sofre com a recorrência das condições de trabalhos análogos ao escravo. Casos de cárcere privado, abuso físico e moral, bem como jornadas de trabalho exaustivas são testemunhados até os dias de hoje, e é necessário conscientizar estas populações marginalizadas de que existem leis que as protegem, e é necessário denunciar caso existam irregularidades deste tipo.
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