A catedralEntre brumas ao longe surge a aurora,O hialino orvalho aos poucos se evapora,Agoniza o arrebol.A catedral ebúmea do meu sonhoAparece na paz do céu risonhoToda branca de sol.E o sino canta em lúgubres responsos:“Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”O astro glorioso segue a eterna estrada.Uma áurea seta lhe cintila em cadaRefulgente raio de luz.A catedral ebúmea do meu sonho,Onde os meus olhos tão cansados ponho,Recebe a bênção de Jesus.Por entre lírios e lilases desceA tarde esquiva: amargurada precePõe-se a luz a rezar.A catedral ebúmea do meu sonhoAparece na paz do céu tristonhoToda branca de luar.E o sino chora em lúgubres responsos:“Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”O céu é todo trevas: o vento uiva.Do relâmpago a cabeleira ruivaVem açoitar o rosto meu.A catedral ebúmea do meu sonhoAfunda-se no caos do céu medonhoComo um astro que já morreu.E o sino clama em lúgubres responsos:“Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”GUIMARAENS, Alphonsus de. A catedral. In:E o sino geme em lúgubres responsos:“Pobre Alphonsus! Pobre (Alphonsus!"______. Obra completa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1960. p. 289.)1. Poeta ligado à temática religiosa, Alphonsus de Guimaraens organiza a mudança da paisagem entre sextilhas e refrão. Que modificações ocorrem na paisagem e quais são as repetições?2. Ao repetir ‘Pobre Alphonsus!”, o que sugerem as badaladas?3. Que relações se estabelecem entre a paisagem e o eu poético?
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Olá, tudo bem? Vou te ajudar nessa questão:
1. Podemos perceber ao longo das sextilhas que o poema começa com o início do dia, evoluindo para o entardecer e, por fim, culminando no anoitecer. As repetições do refrão mudam de acordo com a hora do dia e a reação dos sinos: eles cantam, clamam, choram e gemem, a depender da hora do dia.
2. As badaladas dos sinos sugerem que o eu lírico está experimentando algum tipo de sofrimento, já que a repetição de "Pobre Alphonsus!" parece indicar um sentimento de pena e solidariedade.
3. É possível perceber que a paisagem e o eu lírico mantém uma relação direta. Ao passo que a paisagem vai se modificando, escurecendo e evoluindo para as trevas da madrugada, os sentimentos do eu lírico também se modificam, variando em intensidade e sensações.
1. Podemos perceber ao longo das sextilhas que o poema começa com o início do dia, evoluindo para o entardecer e, por fim, culminando no anoitecer. As repetições do refrão mudam de acordo com a hora do dia e a reação dos sinos: eles cantam, clamam, choram e gemem, a depender da hora do dia.
2. As badaladas dos sinos sugerem que o eu lírico está experimentando algum tipo de sofrimento, já que a repetição de "Pobre Alphonsus!" parece indicar um sentimento de pena e solidariedade.
3. É possível perceber que a paisagem e o eu lírico mantém uma relação direta. Ao passo que a paisagem vai se modificando, escurecendo e evoluindo para as trevas da madrugada, os sentimentos do eu lírico também se modificam, variando em intensidade e sensações.
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