• Matéria: Geografia
  • Autor: minorinrikka2571
  • Perguntado 8 anos atrás

O haitiano Gregoire Souffrant, de 27 anos, se levanta de madrugada, bem antes de o dia clarear. Com o estômago vazio, pedala apressadamente para chegar antes das quatro horas ao Ceasa de Curitiba, onde trabalha como carregador - ele é um dos 18,7 mil migrantes do Haiti empregados com carteira assinada no Brasil. Apesar do trabalho fixo, os dissabores que enfrenta por aqui o fizeram desistir do sonho haitiano" no país. O rapaz planeja ir embora. "Eu quero fazer dinheiro para voltar. A vida aqui está muito cara. O haitiano só trabalha, trabalha, mas a situação está cada vez mais difícil. I...1 Souffrant, cuja história está longe de ser uma exceção. Ele faz parte de uma dinâmica recente: a dos haitianos que querem deixar ou que já deixaram o Brasil. Além disso, o fluxo de migrantes que chegam do país caribenho começa a diminuir. E como se o Brasil e - mais especifica mente - o Paraná começassem a deixar de ser uma 'terra de sonhos' para os haitianos. (...]."a) A que o texto se refere como “sonho haitiano” no Brasil?b) Pelo texto, atualmente, qual é o sentimento dos haitianos imigrantes em relação ao Brasil?

Respostas

respondido por: biaams2013
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O texto se refere à migração de haitianos ao Brasil, motivada especialmente pela situação de catástrofe que o país se encontrava após o forte terremoto de 2010.

Militares brasileiros atuaram desde 2004 no Haiti em uma missão de paz da ONU, a MINUSTAH (Missão das Nações Unidades para a Estabilização no Haiti), cuja função era ajudar na reestruturação do país, que enfrenta estabilidade política, ausência de segurança pública e imensa pobreza.

O contato com os militares brasileiros serviu como impulsionamento para a aproximação entre os haitianos e brasileiros, além de o Brasil estava vivendo um momento de ascensão.
Ao chegarem ao Brasil, enfrentaram diversos problemas, desde a viagem, onde eram extorquidos e ameaçados, até a falta de infraestrutura para recebê-los, especialmente no Acre.

Muitos dos migrantes haitianos que se estabeleceram no Acre, por total falta de infraestrutura da cidade para acomodá-los, foram então enviados a outros estados do Sul e Sudeste, onde acabaram por ter que se submeter a empregos precários, com más condições e baixas remunerações e outros tiveram que sobreviver no mercado informal.

Esses problemas, além também de problemas como a discriminação, fazem com que a ideia de construir uma vida no Brasil tenha se tornado uma desilusão, motivando em muitos haitianos, como o do texto, o desejo do retorno ao país de origem. 
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