• Matéria: Português
  • Autor: JoyciScapin1251
  • Perguntado 8 anos atrás

Texto I Estabelecemos aqui uma outra forma de compreender a cidade: pelo discurso. Aliamos assim, em nossa reflexão, o sujeito, a história e a língua em uma relação particular, que é a relação de significação. Como significa a cidade? [...] Como os sentidos aí se constituem, se formulam e transitam? São essas as questões que nos 5 – ocupam. Quando pensamos a cidade, introduzimos de imediato uma relação face à nação. [...] Uma nação, por outro lado, é uma entidade abstrata, enquanto uma cidade tem dimensões, formas visíveis, sendo perceptível em primeira instância. Assim, podemos dizer que outra característica de cidade, importante para nossos fins, é o fato de que 10 – a cidade introduz a dimensão da representação sensível de suas formas, ao lado da consideração de um espaço de cidadania. Vemos, descrevemos, calculamos, organizamos, administramos a cidade de maneira perceptível. [...] E podemos dizer que um país é feito de muitas cidades distribuídas em sua superfície. Aí trazemos uma outra consideração, a de que se supõe uma localização territorial. Cidade e 15 – território são solidários. No território urbano, o corpo dos sujeitos e o corpo da cidade formam um, estando o corpo do sujeito atado ao corpo da cidade, de tal modo que o destino de um não se separa do destino do outro, em suas inúmeras e variadas dimensões: material, cultural, econômica, histórica etc. O corpo social e o corpo urbano formam 20 – um só. Para nossa época, a cidade é uma realidade que se impõe com toda sua força. Nada pode ser pensado sem a cidade como pano de fundo. Todas as determinações que definem um espaço, um sujeito, uma vida cruzam-se no espaço da cidade. ORLANDI, E. P. Cidade dos sentidos. Campinas: Pontes, 2004. p. 11. A análise do texto autoriza afirmar: (01) A autora, ao definir a cidade como objeto de sua reflexão, explicita seu propósito de privilegiar o que ela significa e o que nela é significativo. (02) Eni Orlandi chama a atenção do leitor para o seu modo diferente de abordar o tema. (04) A articulação entre o homem, o tempo e o lugar é fundamental para que a cidade seja estudada em seus múltiplos sentidos. (08) O ponto de vista escolhido pela autora para falar da cidade alicerça-se em estudos sociológicos realizados sobre o tema. (16) O crescimento das cidades no mundo atual sufoca os seres humanos, assim como os dispersa. (32) A cidade funciona como um texto com múltiplos sentidos, passível de leituras ricas em reflexão. (64) O texto defende a necessidade da volta ao campo como alternativa às dificuldades da vida nos centros urbanos.

Respostas

respondido por: thaissacordeiro
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Olá.


Conforme o enunciado e a leitura, compreende-se que as assertivas corretas são 01 + 02 + 04 + 32= 39.



Quando lemos o texto, entendemos a assertiva 08 está errada, uma vez que a autora fala sobre a cidade de acordo com o discurso, ela não se baseia em estudos sociológicos para chegar a conclusão sobre o tema. Mas a partir daquilo que escuta.



A assertiva 16 também é falsa, porque o crescimento da cidade não sufoca os seres humanos, uma vez o novo espaço permite várias possibilidades, e como a autora descreve, sem a cidade nada pode ser pensado.



E por fim, na assertiva 64, podemos compreender que também é incorreta, já que a autora do texto não defende uma volta ao campo, na verdade, ela relata como a cidade pode ter diferentes observações, dependendo do ponto de vista de cada um.



Espero ter ajudado!
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