A busca por fontes de energia menos poluentes e o custo elevado do petróleo tem incentivado pesquisadores brasileiros a estudar, com mais afinco, a cana-de-açúcar, fonte primária da produção de açúcar e de álcool no Brasil. Experimentos feitos em laboratório, em universidades paulistas, demonstraram que a cana-de-açúcar mantida em ambiente com o dobro da concentração atual de CO2 realiza 30% a mais de fotossíntese e produz 30% a mais de açúcar do que aquela que cresce sob a concentração normal de CO2. Destacam, entretanto, os biólogos que outras condições, como água, nutrientes, luz e temperatura, deveriam ser favoráveis. Falta portanto testar a produtividade da cana-de-açúcar em condições reais – em campo. Outros estudos alertam para a possibilidade de a taxa de fotossíntese cair quando a temperatura ultrapassar 30oC. Apesar das ponderações, os canaviais emergem como uma possibilidade de deter o contínuo acúmulo de CO2 na atmosfera. Entretanto, essa situação deve ser examinada com cautela. O papel dos canaviais para retirar gás carbônico do ar seria muito modesto se comparado ao das florestas tropicais. Segundo estimativas, os canaviais de todo o país absorveriam apenas um milésimo dos três bilhões de toneladas do gás carbônico liberado todo ano, nas queimadas da Amazônia. (FIORAVANTI, 2008, p. 40). Em relação à produção e às propriedades do açúcar e do álcool, pode-se afirmar: (01) Os produtos imediatos das reações do ciclo de Calvin constituem a base para a formação dos açúcares, incluindo a sacarose, principal carboidrato de transporte nas plantas. (02) O açúcar da cana, representado pela fórmula química C12H22O11, reage com a água, sob certas condições, produzindo compostos que possuem grupos funcionais dos aldeídos e das cetonas. (04) A cana-de-açúcar mantida em um ambiente a 86oF consegue maximizar a potencialização da energia solar em forma de açúcar. (08) A massa de CO2 necessária à formação de 1,0 mol de glicose é seis vezes maior do que a massa do açúcar formado, de acordo com a equação química 6CO2(g)+ 6H2O(l) → C6H12O6(s) + 6O2(g). (16) A produção industrial do álcool exige a ação de fungos, como Saccharomyces cerevisiae, no processo anaeróbico de fermentação, que utiliza um composto orgânico como aceptor final de hidrogênio. (32) A combustão completa de 0,2kg de etanol, cujo calor de combustão é igual a 26880,0J/kg, libera 537,0kJ de energia.
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(1) Verdadeiro, o ciclo de Calvin é a via bioquímica que permite a fixação do CO2 formando o açúcar.
(2) Verdadeiro. A sacarose, C12H22O11, é formada por alfa-D-glicose em ligação glicosídica com beta-D-frutose. A hidrólise libera seus monossacarídeos, glicose, uma aldose com o grupo aldeído, e a frutose que contém o grupo cetona.
(4) Verdadeiro, 86F equivale a 30oC, segundo o texto, a taxa de fotossíntese só cai quando se ultrapassa essa temperatura.
(08) Verdadeiro. De acordo com a equação química balanceada, é preciso de 6mols de CO2 para sintetizar cada 1mol de glicose.
(16) Verdadeiro. Na fermentação alcóolica anaeróbica o aceptor de elétrons final é uma molécula orgânica, enquanto o NADH doa seus elétrons formando NAD+.
(32) Falso. Como o calor de combustão do etanol é 26880J/kg e:
Convertendo para kJ:
1J ---- 0,001kJ
26880 --- x
x = 26,88kJ por kg
26,880kJ --- 1kg
ykJ ---- 0,2kg
y = 5,37kJ após a combustão de 0,2kg.
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