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O filósofo grego Aristóteles (séc. IV a.C.), em sua obra “Política”, defende que o homem é um ser político por natureza, apontando para a questão de que a tendência a viver em sociedade é inato ao ser humano.
Com isso, Aristóteles exemplifica que o homem, ao exercer sua função social, realiza o seu próprio bem, pois esta é a finalidade do ser humano. É algo tão natural quanto uma semente de maçã originar uma macieira.
O homem, por ter essa tendência à vida em sociedade comprova que ele é um ser que sofre de carência. Carência que o leva a associar-se a outros seres humanos, denotando um sentimento de incompletude que é sanado (ou amenizado) pela convivência com o outro.
Para Aristóteles, somente um deus ou um animal não sente a necessidade de associar-se a seus pares, pois os primeiros não praticam a política porque são perfeitos. Já os animais, não sentiriam a necessidade de associarem-se porque não pensam nem falam.
É na sociedade, e somente nela, que o homem se torna plenamente humano, sendo a vida social e política que proporciona ao melhor condição de vida, pois quando o homem vive em sociedade, está exercendo a sua hierarquia diante dos demais seres: não é um deus, nem um animal, mas é o melhor de todos os animais, porque é capaz de praticar a justiça.
Se o homem vive fora da sociedade, passa a ser pior que os animais, porque possui inteligência e raciocínio extraordinário que se tornam armas terríveis se não tiverem a educação para a justiça.
Assim, Aristóteles nos transmite a lição de que a vida em sociedade é a única forma que temos de sermos, realmente, humanos, coexistindo de modo solidário com nossos pares e as outras espécies.