• Matéria: História
  • Autor: vandagomes6504
  • Perguntado 8 anos atrás

“Mas não é uma conduta extraordinária, e por assim dizer selvagem, o correr todo o povo a acusar o Senado em altos brados, e o Senado o povo, precipitando-se os cidadãos pelas ruas, fechando as lojas e abandonando a cidade? A descrição apavora. Responderei, contudo, que cada Estado deve ter costumes próprios, por meio dos quais os populares possam satisfazer sua ambição [...]. O desejo que sentem os povos de ser livres raramente prejudica a liberdade porque nasce da opressão ou do temor de ser oprimido. [...] Sejamos, portanto, avaros de críticas ao governo romano: atentemos para o fato de que tudo o que de melhor produziu esta república provém de uma boa causa. Se os tribunos devem sua origem à desordem, esta desordem merece encômios, pois o povo, desta forma, assegurou participação no governo. E os tribunos foram os guardiões das liberdades romanas.” (MAQUIAVEL, Nicolau.Comentários sobre a Primeira Década de Tito Lívio.3 ed., Brasília: Editora da UNB, 1994, p. 31-32.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a sociedade renascentista, é correto afirmar que o pensamento de Maquiavel: -) restabeleceu no Mundo Moderno as formas clássicas do pensamento político, especialmente as da República romana, que garantiram os mecanismos de representação popular nas novas Repúblicas em formação na Itália e no norte da Europa. -) introduziu o conceito de desordem no pensamento renascentista para explicar os processos evolutivos dos Estados e das formas de governos possíveis, baseando-se na proposição do modelo republicano romano como ideal para os Estados modernos. -) recuperou os princípios romanos e, afirmando que os fins justificam os meios, forneceu para os movimentos sociais da Era Moderna uma justificativa para se rebelarem contra a tirania e a opressão, em nome de uma boa causa que legitimaria um governo autoritário de caráter popular. -) inspirou-se nas formas clássicas, especialmente romanas, idealizando-as para afirmar que os conflitos entre os poderosos e o povo contribuem para a ampliação das liberdades republicanas e que os modos desses conflitos dependem dos costumes políticos dos povos. -) pretendeu estabelecer o princípio republicano democrático romano como conceito básico da política moderna, afirmando que, para satisfazer suas aspirações, é legitimo que o povo se rebele e promova desordens com a finalidade de mudar o regime político e a organização da produção econômica. Resposta correta: inspirou-se nas formas clássicas, especialmente romanas, idealizando-as para afirmar que os conflitos entre os poderosos e o povo contribuem para a ampliação das liberdades republicanas e que os modos desses conflitos dependem dos costumes políticos dos povos.

Respostas

respondido por: maarigibson
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Olá, tudo bem?

A resposta correta é a que seria equivalente à alternativa D: "nspirou-se nas formas clássicas, especialmente romanas, idealizando-as para afirmar que os conflitos entre os poderosos e o povo contribuem para a ampliação das liberdades republicanas e que os modos desses conflitos dependem dos costumes políticos dos povos."

Maquiavel foi um filósofo do Renascimento, considerado um dos fundadores das atuais bases do Estado. Em suas obras mais famosas, O Príncipe e A República, ele discorre sobre o governo monarquista e republicano, sendo este último inspirado na Roma Antiga. Ele possuía uma visão idealizada da República e da opressão, favorecendo-as em ambas as obras, como se os impasses entre governante e governado fossem benéficos para o crescimento do Estado.

Espero ter ajudado!
respondido por: fonsecaaduda
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Resposta:

D) Inspirou-se nas formas clássicas, especialmente romanas, idealizando-as para afirmar que os conflitos entre os poderosos e o povo contribuem para a ampliação das liberdades republicanas e que os modos desses conflitos dependem dos costumes políticos dos povos.

Explicação:

Enquanto renascentista, Maquiavel incorporou muitos elementos dos clássicos, e aprendeu muito com eles, mas renovou esse pensamento ao inserir  os debates realistas.  Ainda que marcado pelo contexto do “o Príncipe”, em Comentários sobre a Primeira Década de Tito Lívio, Maquiavel se mostra um conhecedor das possibilidades do republicanismo, navegando nas duas frentes de modo habilidoso.

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