• Matéria: Física
  • Autor: dieirslcn873
  • Perguntado 8 anos atrás

instrumentos para observar o céu? gostaria de saber, por favor.

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respondido por: hayllan
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O telescópio 
Planetas, satélites, estrelas, galáxias e outros corpos astronômicos podem ser observados por meio de um instrumento óptico chamado telescópio. A palavra advém do grego "tele", longe, e "scopio", observar. Mas, ao contrário do que se imagina, o telescópio não aumenta o tamanho dos objetos. "O telescópio permite captar uma quantidade de luz maior do que a pupila humana e, portanto, permite enxergar objetos com brilho muito fraco, que não são visíveis a olho nu", explica Fernando Roig, doutor em Astronomia e pesquisador do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro.



Luneta

Foto: Getty Images

A luneta 
Assim como o telescópio, a luneta também permite observar objetos longínquos. A luneta, no entanto, constitui-se de um tipo específico de telescópio, o refrator, que possui restrições em comparação com o telescópio refletor. Enquanto os telescópios refratores, chamados popularmente de lunetas, usam lentes como objetivas, os refletores utilizam espelhos. De acordo com Enos Picazzio, astrônomo do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), os refratores produzem uma aberração cromática, isto é, a imagem não tem boa definição, afinal, cada cor de luz tem distância focal diferente. Já os espelhos não produzem essa distorção.

Limitação 
Além disso, Roig argumenta que o uso de lentes limita o diâmetro do telescópio por questões estruturais. Os refratores são muito mais longos, precisando de muito mais espaço para serem acomodados. "Um refrator de um metro de diâmetro precisa de um domo de 30 metros de altura. Já um refletor de um metro de diâmetro cabe em um domo de cinco metros de altura", explica.

Para Jorge Márcio Carvano, doutor em Astrofísica e pesquisador do Observatório Nacional, além do fato de serem mais compactos, os telescópios refletores podem ser construídos com espelhos segmentados, ou seja, um arranjo de espelhos menores em vez de um único espelho. "Tudo isso permite que se construam telescópios refletores com aberturas que não seriam práticas (ou mesmo possíveis) em telescópios refratores", pontua Carvano. Assim, conforme Roig, as lunetas acabam ficando muito limitadas aos objetos mais brilhantes, devido às restrições no tamanho.

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