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Voluntariamente provocadora, esta obra distorce as regras vigentes até então. Regras que reservavam — ou pelo menos toleravam — nus inscritos nos contextos das grandes cenas mitológicas ou oníricas, sem se confrontarem diretamente ao real em sua crueza mais extrema.
Gustave Coubert rejeitava os nus planos e, claro, os nus idealizados da pintura acadêmica. Na época em que foi pintada, A Origem do Mundo — hoje exposta no Museu d'Orsay — podia ser considerada como pornográfica. Contudo, a obra não tinha vocação pornográfica e podia ser até ser considerada como "aquela que dava a última palavra do Realismo". Na verdade, existe representação mais fiel da origem do mundo, tal qual conhecemos? Obra centrada na representação sensorial e intelectual que fazemos, na qual o sexo e o ventre de uma mulher são transmissores dos segredos do dar à luz, à vida e, portanto, dar origem ao nosso mundo?
Gustave Coubert rejeitava os nus planos e, claro, os nus idealizados da pintura acadêmica. Na época em que foi pintada, A Origem do Mundo — hoje exposta no Museu d'Orsay — podia ser considerada como pornográfica. Contudo, a obra não tinha vocação pornográfica e podia ser até ser considerada como "aquela que dava a última palavra do Realismo". Na verdade, existe representação mais fiel da origem do mundo, tal qual conhecemos? Obra centrada na representação sensorial e intelectual que fazemos, na qual o sexo e o ventre de uma mulher são transmissores dos segredos do dar à luz, à vida e, portanto, dar origem ao nosso mundo?
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