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Um garoto que foi abandonado pela mãe quando tinha apenas quatro anos, com um pai ausente que aparece em sua vida esporadicamente e sempre com uma nova namorada. Essa é a vida de Valentin, um menino de nove anos que sonha em ser astronauta e mora com sua vovó espanhola em Buenos Aires.
Valentin treina todos os dias para ser astronauta: prendendo a respiração e andando com pesos nos pés, afinal não há gravidade no espaço. Nessas caminhadas para treinar andar na Lua, Valentin conhece Rufo, um boêmio do bairro, que se torna seu melhor amigo. Passam horas conversando sobre amizade e outras coisas. Sua avó não aprova muito essa amizade. O garoto tem um tio, que vive viajando, mas sempre aparece para ver-lo e trocam confidencias de homens, como o próprio Valentin diz.
Valentin torra a paciência da avó com a história de ser astronauta. Uma “abuela”que fica doente e preocupa o menino, porque é a única pessoa que tem em sua vida. Para que a avó se trate o garoto cria um plano com um médico para que no mercado se encontrem e ele possa tratar-la. Surge mais uma namorada do pai de Valentin, que ele gostou, porém por preconceitos do pai o relacionamento não dá certo. O que faz Valentin “discutir a relação” com ela. As “armações” de Valentin não ficam apenas nisso, afinal ele precisa “criar” uma família para ele.
Numa Buenos Aires dos anos 60, a história desse garoto cativa pela simplicidade do roteiro que mostra como uma criança de nove anos vive entre sua fantasia e uma dura realidade. Com uma interpretação fantástica do pequeno Rodrigo Noyae da fantástica Carmen Maura, que interpreta a “abuela”. Valentín é um filme que entra para os clássicos argentinos, que faz a combinação perfeito do cinema “dos hermanos”: histórias reais retratadas com simplicidade sem presunção.