Respostas
respondido por:
3
Como vive o bacalhau
Habitat
O bacalhau habita em águas frias. Vive junto ao fundo do mar – é, por isso, uma espécie demersal.
As populações do bacalhau-do-Atlântico distribuem-se por vários habitats do Oceano. Os juvenis encontram-se junto à costa, entre os 10 e os 30 metros de profundidade. Os adultos preferem águas mais fundas e frias, entre os 100 e os 200 metros. Durante o dia, nadam em cardumes para melhor se protegerem dos predadores.
Entre o Inverno e a Primavera, os bacalhaus reproduzem-se. A fertilidade do bacalhau-do-Atlântico é quase mítica: uma fêmea de bom porte pode produzir nove milhões de óvulos. Nadador muito ativo, o bacalhau emigra para desovar, escolhendo leitos de desova mais quentes. Algumas populações de bacalhau fazem grandes viagens, quer para desovar, quer para buscar alimento.
Cadeia Alimentar
O bacalhau-do-Atlântico é um predador voraz. Alimenta-se da vida marinha que abunda nas zonas onde se cruzam as correntes quentes e frias do Oceano, como acontece nos grandes bancos da Terra Nova.
Os bacalhaus crescem depressa porque têm uma dieta diversificada e abundante. Os mais novos alimentam-se de pequenos organismos animais que compõem o zooplâncton e de pequenas larvas, bivalve s e crustáceos. Os adultos preferem os peixes: comem arenques, pescadas, tamboris ou mesmo bacalhaus mais novos e desprevenidos.
Pequeno ou grande, o bacalhau-do-Atlântico tem os seus inimigos: focas, baleias, tubarões, golfinhos, polvos, espadartes e algumas aves marinhas têm o bacalhau como alimento.
Algumas espécies de focas são grandes predadoras de bacalhau. O equilíbrio da cadeia trófica de que o bacalhau faz parte depende deste e de outros fenómenos – de fatores naturais e artificiais.
Uma espécie sustentável
O bacalhau-do-Atlântico é uma das espécies mais ricas do Oceano. Ao longo dos séculos, a sua pesca deu lugar a grandes sagas humanas, a negócios e conflitos. Durante muito tempo, acreditou-se que o bacalhau, tal como outros peixes de grande importância para a alimentação humana, era um recurso infinito. Por muito que se pescasse, a capacidade de reprodução da espécie garantiria a sua abundância e seria capaz de repor o equilíbrio entre os recursos biológicos e a pesca.
Na segunda metade do século XX, a aplicação intensiva de técnicas quase infalíveis de deteção e captura gerou os primeiros problemas de sustentabilidade da pesca. O peixe era menos e os bacalhaus capturados eram, em média, mais pequenos do que noutros tempos. Em certas zonas de mar, a pesca do bacalhau-do-Atlântico crescia mais depressa do que o ritmo natural de reposição dos stocks. Por reação espontânea, as populações de bacalhau mais ameaçadas começaram a reproduzir-se mais cedo.
Além da sobrepesca, a própria natureza tem colocado desafios ao modo como gerimos este e outro património biológico comum: por um lado, o crescimento excessivo da população de focas em diversas zonas costeiras do Atlântico Norte, resultou em grandes quebras das populações de bacalhau; por outro, as alterações climáticas, devido à sua natureza integrada e global, têm provocado mudanças nos padrões de comportamento da espécie.
Por se tratar de um círculo vicioso, a descida de rendimento da pesca abriu caminho a medidas preventivas da escassez. Limitar as dimensões da malha das redes foi a primeira forma de prevenir que o bacalhau imaturo tivesse tempo de crescer e de se reproduzir. Restringir o direito de acesso aos recursos foi o movimento seguinte, longo e controverso.
As Ciências do Mar ajudaram os Estados e organismos internacionais a regular a pesca de modo a garantir que ela tivesse futuro. Hoje, os cenários de sustentabilidade do bacalhau-do-Atlântico são muito mais otimistas do que há alguns anos atrás.
O Bacalhau é o peixe dos peixes.
Símbolo de fortuna e de prosperidade. Abundância e escassez. Ecologia e negócio. Alimento e cultura. Realidade e lenda.
“Já se calculou que, se nenhum acidente impedisse a incubação dos ovos de bacalhau e se cada ovo atingisse a maturidade, só seriam precisos três anos para encher o mar. Assim, seria possível atravessar o Atlântico a pé, caminhando sobre o dorso dos bacalhaus”.
Habitat
O bacalhau habita em águas frias. Vive junto ao fundo do mar – é, por isso, uma espécie demersal.
As populações do bacalhau-do-Atlântico distribuem-se por vários habitats do Oceano. Os juvenis encontram-se junto à costa, entre os 10 e os 30 metros de profundidade. Os adultos preferem águas mais fundas e frias, entre os 100 e os 200 metros. Durante o dia, nadam em cardumes para melhor se protegerem dos predadores.
Entre o Inverno e a Primavera, os bacalhaus reproduzem-se. A fertilidade do bacalhau-do-Atlântico é quase mítica: uma fêmea de bom porte pode produzir nove milhões de óvulos. Nadador muito ativo, o bacalhau emigra para desovar, escolhendo leitos de desova mais quentes. Algumas populações de bacalhau fazem grandes viagens, quer para desovar, quer para buscar alimento.
Cadeia Alimentar
O bacalhau-do-Atlântico é um predador voraz. Alimenta-se da vida marinha que abunda nas zonas onde se cruzam as correntes quentes e frias do Oceano, como acontece nos grandes bancos da Terra Nova.
Os bacalhaus crescem depressa porque têm uma dieta diversificada e abundante. Os mais novos alimentam-se de pequenos organismos animais que compõem o zooplâncton e de pequenas larvas, bivalve s e crustáceos. Os adultos preferem os peixes: comem arenques, pescadas, tamboris ou mesmo bacalhaus mais novos e desprevenidos.
Pequeno ou grande, o bacalhau-do-Atlântico tem os seus inimigos: focas, baleias, tubarões, golfinhos, polvos, espadartes e algumas aves marinhas têm o bacalhau como alimento.
Algumas espécies de focas são grandes predadoras de bacalhau. O equilíbrio da cadeia trófica de que o bacalhau faz parte depende deste e de outros fenómenos – de fatores naturais e artificiais.
Uma espécie sustentável
O bacalhau-do-Atlântico é uma das espécies mais ricas do Oceano. Ao longo dos séculos, a sua pesca deu lugar a grandes sagas humanas, a negócios e conflitos. Durante muito tempo, acreditou-se que o bacalhau, tal como outros peixes de grande importância para a alimentação humana, era um recurso infinito. Por muito que se pescasse, a capacidade de reprodução da espécie garantiria a sua abundância e seria capaz de repor o equilíbrio entre os recursos biológicos e a pesca.
Na segunda metade do século XX, a aplicação intensiva de técnicas quase infalíveis de deteção e captura gerou os primeiros problemas de sustentabilidade da pesca. O peixe era menos e os bacalhaus capturados eram, em média, mais pequenos do que noutros tempos. Em certas zonas de mar, a pesca do bacalhau-do-Atlântico crescia mais depressa do que o ritmo natural de reposição dos stocks. Por reação espontânea, as populações de bacalhau mais ameaçadas começaram a reproduzir-se mais cedo.
Além da sobrepesca, a própria natureza tem colocado desafios ao modo como gerimos este e outro património biológico comum: por um lado, o crescimento excessivo da população de focas em diversas zonas costeiras do Atlântico Norte, resultou em grandes quebras das populações de bacalhau; por outro, as alterações climáticas, devido à sua natureza integrada e global, têm provocado mudanças nos padrões de comportamento da espécie.
Por se tratar de um círculo vicioso, a descida de rendimento da pesca abriu caminho a medidas preventivas da escassez. Limitar as dimensões da malha das redes foi a primeira forma de prevenir que o bacalhau imaturo tivesse tempo de crescer e de se reproduzir. Restringir o direito de acesso aos recursos foi o movimento seguinte, longo e controverso.
As Ciências do Mar ajudaram os Estados e organismos internacionais a regular a pesca de modo a garantir que ela tivesse futuro. Hoje, os cenários de sustentabilidade do bacalhau-do-Atlântico são muito mais otimistas do que há alguns anos atrás.
O Bacalhau é o peixe dos peixes.
Símbolo de fortuna e de prosperidade. Abundância e escassez. Ecologia e negócio. Alimento e cultura. Realidade e lenda.
“Já se calculou que, se nenhum acidente impedisse a incubação dos ovos de bacalhau e se cada ovo atingisse a maturidade, só seriam precisos três anos para encher o mar. Assim, seria possível atravessar o Atlântico a pé, caminhando sobre o dorso dos bacalhaus”.
Perguntas similares
6 anos atrás
6 anos atrás
8 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás