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O relatório nacional brasileiro, elaborado como parte do processo de preparação da participação brasileira na Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social, busca traçar um quadro da situação do Brasil em relação aos três temas centrais do evento: alívio e redução da pobreza, expansão do emprego produtivo e integração social. Com o objetivo de qualificar a peculiaridade dos desafios sociais com os quais o Brasil se defronta, a primeira parte consiste de um quadro abrangente, onde estão expostos os dados gerais mais relevantes. A segunda parte, de caráter conceituai, explora a relação à dicotomia desenvolvimento econômico/desenvolvimento social, políticas econômicas/políticas sociais. Passa-se, então, à parte do relatório mais diretamente ligada aos temas centrais da Cúpula. O capítulo sobre pobreza busca sistematizar algumas das principais características desse fenômeno no Brasil; em "Emprego e mercado de trabalho" examinam-se questões como a baixa taxa de desemprego aberto do mercado brasileiro e sua relação com a má qualidade dos postos de trabalho existentes; finalmente, "Integração social e políticas sociais" salienta a necessidade de novas formas de solidariedade social, o que implicaria a reformulação da lógica de financiamento das políticas sociais e sua integração num conjunto coeso, ao lado de novas parcerias do Estado com a sociedade e do setor público com o setor privado. À guisa de conclusão, alinham-se as principais diretrizes do Governo Federal para o período 1995-1999. Depois de enfatizar a necessidade de que quatro condições prévias – fortalecimento da democracia, manutenção da estabilidade econômica, recuperação do crescimento sustentado e reforma do Estado – sejam alcançadas, identificam-se cinco metas prioritárias na área social: agricultura, educação, emprego, saúde e segurança. O relatório termina com breve esboço da estrutura do Programa Comunidade Solidária e a advertência de que este não esgota a política social do Governo brasileiro, a qual constitui objetivo prioritário a orientar políticas em todas as áreas de atuação. A distribuição populacional pelo território é altamente diferenciada, como se pode depreender dos dados relativos às cinco macrorregiões – Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste –, definidas em 1970 e em vigor para fins de sistematização de dados. Enquanto na região Norte (45,26% do território nacional e 5,90% da população) a densidade demográfica é de 2,39 habitantes por km2, na região Sudeste (10,85% do território e 43,5% da população) é de 73,61 habitantes por km2. Na região Nordeste (18,27% da área total e 28,5% da população), a densidade demográfica é de 29,07 habitantes por km2, e na região Centro-Oeste (18,86% da área total e 6,80% da população), bastante inferior, de 6,62 habitantes por km2. Por fim, a região Sul, a menor em termos de extensão (6,76% do território nacional) abarca 15,2% da população, o que determina uma densidade demográfica de 41,28 habitantes por km2 (tabela 1). Some-se a isso o fato de que, apesar de a população brasileira ser de caráter eminentemente urbano (75% da população), dos seus quase cinco mil municípios 45,7% são de pequeno porte (até 10.000 habitantes) – certamente um fator a ser levado em conta no enfrentamento da pobreza mediante políticas públicas descentralizadas.
Anônimo:
krl copio fudido
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