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O homem atravessou a faixa amarela que isolava a cena do crime. Os policiais o cumprimentaram com um gesto. Ele entrou e se direcionou ao banheiro, onde sabia que encontraria o que procurava. Encontrou o corpo do homem ainda lá, intocado, na banheira. O banheiro estava um caos. A pia e o chão cheios de comprimidos. O rapaz morto tinha uma bala alojada no peito. A arma estava caída perto da banheira, porém um pouco longe da mão do rapaz. O sangue transbordava da banheira até um chão, por pelo menos meio metro longe. O tapete para secar os pés estava em cima de todo aquele sangue. A cortina tinha sido puxada. As pernas do rapaz pendiam para fora. O detetive agachou-se e tocou a poça de sangue quente. Estava quase seca. Levantou-se ao ouvir passos. Era o delegado Lodge. Ele foi direto ao assunto.
-Caso encerrado detetive. Desculpe desperdiçar seu tempo. - esticou a mão para um aperto, mas o detetive franziu a testa.
-Caso encerrado? - repetiu.
-Sim. - o delegado respondeu - Suicídio, as provas são claras.
Aquilo irritou o detetive. Charles Baudelaire, o famoso detetive, não tinha feito aquela viagem a toa.
-Se me permite, delegado Lodge, vou conduzir minha investigação até que eu me dê por satisfeito com as evidências e o próprio caso.
Charles voltou-se para a cena.
-Quem é a vítima? - perguntou, sem olhar.
-Jason Coles. 21 anos. - o delegado soltou um pesado suspiro - ele era namorado da minha filha. Eles tinham terminado há uma semana.
-Hum.
Charles viu que havia um celular na privada. Com um saco de evidências pegou-o e entregou ao delegado, com instruções para que o celular fosse consertado e entregue novamente ao detetive.
-Temos trabalho pela frente. - disse o detetive, para si mesmo.
******
Começou interrogando a filha do delegado Lodge, Bianca.
-Onde você estava na hora do crime?
-Em casa. Estávamos conversando por mensagem, Jason e eu, mas ele simplesmente parou de responder.
-Como era seu relacionamento com Jason?
-Eu o amava. Brigavamos um pouco, mas tudo sa resolvia no final.
Charles fez anotações e continuou:
-Seu pai me disse que vocês tinham terminado.
Bianca concordou.
-Sim. Há uma semana. Quando ele veio falar comigo, pensei que fosse para voltarmos. Mas Jason não respondeu mais. Pensei que não tivesse interesse.
Ela chorou depois, e Charles a dispensou.
******
Voltou à cena do crime. O corpo de Jaosn fora retirado para a autópsia. Enquanto analisava novamante a cena, se perguntava: "Será que Bianca tinha ciúmes o suficiente para matá-lo? Quem mais poderia estar envolvido nessa história?"
Analisava todos os detalhes com cuidado, absorvendo tudo. O delegado estava lhe enchendo a paciência, insistindo na teoria do suicídio, protegendo-a com unhas e dentes. Aquilo irritava Charles Baudelaire tanto quanto alface nos dentes.
Passou horas estudando a cena. Cada detalhe da cena imaculada, a não ser pela falta do corpo da vítima. Após 2 dias já tinha todos os detalhes da cena do crime na mente. Só faltava o celular. E quando pensou naquilo, o técnico de informática apareceu, lhe entregando o celular. Charles ligou-o e foi direto na conversa com Bianca. Eles estavam mesmo discutindo antes da morte de Jason. Palavras fortes vinham de Bianca. Eu te odeio, entre outros. Jason tentava entender o motivo de sua raiva. E ali, no fim da conversa, a mensagem não enviada de Jason, pedindo-lhe para voltar, para que eles casassem, e um "eu e amo".
Ao ver tudo aquilo, Charles se levantou e correu com uma equipe policial.
******
Interromperam o jantar da família Lodge.
-Que diabos é isso, Baudelaire? - perguntou o delegado, furioso quando invadiram sua casa e deram voz e prisão contra Bianca e o delegado.
-Eu explico, senhor Lodge.
"Você mesmo disse que Bianca e Jason viviam brigando. Você disse que eles tinham terminado. E Bianca confirmou. E ainda acrescentou que eles sempre voltavam, e ela achava que eles voltariam novamente. Mas ela sabia que não. Pois tudo isso foi ideia dela. Bianca traiu Jason, e foi por isso que os dois terminaram.
Enquanto Jason queria reatar o relacionamento, Bianca queria se livrar dele de uma vez por todas. E você concordou, por ter ciúmes do genro. Por isso cismou com a ideia do suicídio. Deixe-me te falar, Lodge: as pessoas não se matam com um tiro no peito. Além disso... todo aquele sangue. Longe da banheira. Primeiro, você o matou e depois colocou-o na banheira, a arma por perto. Os comprimidos no chão. Você fez com que parecesse suicídio. E, quando viu que Jason ia pedir a Bianca em casamento ficou bravo e jogou o celular no vaso sanitário.
-Como, exatamente, descobriu, detetive? - alguém perguntou, enquanto todos os outros ouviam chocados.
-O sangue longe da banheira, a arma longe da mão, o tiro no peito e, meu preferido: o tapete do chão em cima da poça de sangue, sem nenhuma gota do mesmo.
O ex-delegado Lodge rosnou de raiva:
-Maldito seja, Charles Baudelaire!
-Caso encerrado detetive. Desculpe desperdiçar seu tempo. - esticou a mão para um aperto, mas o detetive franziu a testa.
-Caso encerrado? - repetiu.
-Sim. - o delegado respondeu - Suicídio, as provas são claras.
Aquilo irritou o detetive. Charles Baudelaire, o famoso detetive, não tinha feito aquela viagem a toa.
-Se me permite, delegado Lodge, vou conduzir minha investigação até que eu me dê por satisfeito com as evidências e o próprio caso.
Charles voltou-se para a cena.
-Quem é a vítima? - perguntou, sem olhar.
-Jason Coles. 21 anos. - o delegado soltou um pesado suspiro - ele era namorado da minha filha. Eles tinham terminado há uma semana.
-Hum.
Charles viu que havia um celular na privada. Com um saco de evidências pegou-o e entregou ao delegado, com instruções para que o celular fosse consertado e entregue novamente ao detetive.
-Temos trabalho pela frente. - disse o detetive, para si mesmo.
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Começou interrogando a filha do delegado Lodge, Bianca.
-Onde você estava na hora do crime?
-Em casa. Estávamos conversando por mensagem, Jason e eu, mas ele simplesmente parou de responder.
-Como era seu relacionamento com Jason?
-Eu o amava. Brigavamos um pouco, mas tudo sa resolvia no final.
Charles fez anotações e continuou:
-Seu pai me disse que vocês tinham terminado.
Bianca concordou.
-Sim. Há uma semana. Quando ele veio falar comigo, pensei que fosse para voltarmos. Mas Jason não respondeu mais. Pensei que não tivesse interesse.
Ela chorou depois, e Charles a dispensou.
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Voltou à cena do crime. O corpo de Jaosn fora retirado para a autópsia. Enquanto analisava novamante a cena, se perguntava: "Será que Bianca tinha ciúmes o suficiente para matá-lo? Quem mais poderia estar envolvido nessa história?"
Analisava todos os detalhes com cuidado, absorvendo tudo. O delegado estava lhe enchendo a paciência, insistindo na teoria do suicídio, protegendo-a com unhas e dentes. Aquilo irritava Charles Baudelaire tanto quanto alface nos dentes.
Passou horas estudando a cena. Cada detalhe da cena imaculada, a não ser pela falta do corpo da vítima. Após 2 dias já tinha todos os detalhes da cena do crime na mente. Só faltava o celular. E quando pensou naquilo, o técnico de informática apareceu, lhe entregando o celular. Charles ligou-o e foi direto na conversa com Bianca. Eles estavam mesmo discutindo antes da morte de Jason. Palavras fortes vinham de Bianca. Eu te odeio, entre outros. Jason tentava entender o motivo de sua raiva. E ali, no fim da conversa, a mensagem não enviada de Jason, pedindo-lhe para voltar, para que eles casassem, e um "eu e amo".
Ao ver tudo aquilo, Charles se levantou e correu com uma equipe policial.
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Interromperam o jantar da família Lodge.
-Que diabos é isso, Baudelaire? - perguntou o delegado, furioso quando invadiram sua casa e deram voz e prisão contra Bianca e o delegado.
-Eu explico, senhor Lodge.
"Você mesmo disse que Bianca e Jason viviam brigando. Você disse que eles tinham terminado. E Bianca confirmou. E ainda acrescentou que eles sempre voltavam, e ela achava que eles voltariam novamente. Mas ela sabia que não. Pois tudo isso foi ideia dela. Bianca traiu Jason, e foi por isso que os dois terminaram.
Enquanto Jason queria reatar o relacionamento, Bianca queria se livrar dele de uma vez por todas. E você concordou, por ter ciúmes do genro. Por isso cismou com a ideia do suicídio. Deixe-me te falar, Lodge: as pessoas não se matam com um tiro no peito. Além disso... todo aquele sangue. Longe da banheira. Primeiro, você o matou e depois colocou-o na banheira, a arma por perto. Os comprimidos no chão. Você fez com que parecesse suicídio. E, quando viu que Jason ia pedir a Bianca em casamento ficou bravo e jogou o celular no vaso sanitário.
-Como, exatamente, descobriu, detetive? - alguém perguntou, enquanto todos os outros ouviam chocados.
-O sangue longe da banheira, a arma longe da mão, o tiro no peito e, meu preferido: o tapete do chão em cima da poça de sangue, sem nenhuma gota do mesmo.
O ex-delegado Lodge rosnou de raiva:
-Maldito seja, Charles Baudelaire!
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Todos nós conhecemos os testes de QI, pelos quais, depois de responder (ou não) 40 perguntas, você pode saber seu nível de inteligência. No entanto, existe outro método de descobrir o quão poderosa é a sua mente.
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