Respostas
É muito improvável que possamos prever como será a nossa espécie no futuro com base na Biologia Evolutiva ou em qualquer outro tipo de conhecimento. De facto, nalguns estudos já realizados em insectos como as Drosophila ou em bactérias como as Escherichia coli, os investigadores tentaram “reboninar a cassete” experimentalmente usando uma técnica designada por evolução experimental. Nestes estudos, os investigadores colocaram no seu ambiente original ancestral, organismos que haviam evoluído ao longo de várias gerações noutros ambientes, e testaram se estas espécies revertiam ao seu estado ancestral. Em nenhum estudo feito até ao momento se observou que as espécies revertiam ao seu estado ancestral. As espécies evoluem, mas numa direção que não as faz regressar ao seu estado original. Isto significa que a evolução é um processo contingente ao longo da história, dependendo muito da história das populações, assim como do acaso e/ou de condições ambientais momentâneas dificilmente replicáveis, impossibilitando a realização de previsões claras. Devemos enfatizar que estes resultados foram obtidos a partir de sistemas altamente controlados pelos investigadores. Assim, se extrapolarmos para seres humanos num mundo complexo, sujeitos a várias pressões selectivas distintas, torna-se claro que é impossível prever em que direcção irá evoluir a nossa espécie.