Olhares que buscam o Brasil
Ao despontar como potência econômica do século XXI, o Brasil tem cada vez mais atraído os olhares do mundo, chamando a atenção da mídia, de grandes empresas e de outros países. Contudo, é outro olhar não menos importante que deveria começar a nos sensibilizar mais: o olhar marginalizado e cheio de esperança daqueles que não têm dinheiro, dos famintos e desempregados ao redor do globo. São pessoas com esse perfil que majoritariamente contribuem para o crescente volume de imigrantes no país, e o que se vê é uma ausência de políticas públicas eficientes para receber e integrar essas pessoas à sociedade.
Não parece que a solução seja simplesmente deixar que imigrantes pouco qualificados continuem entrando no país de forma irregular e esperar que eles, sozinhos, encontrem um ofício para se sustentar. O governo ainda não percebeu que a regularização desses imigrantes e a inserção dos mesmos no mercado de trabalho formal poderiam servir como oportunidades para o país arrecadar mais impostos e possíveis futuros cidadãos, ou seja, novos contribuintes para a deficitária Previdência Social.
Visando aproveitar tais benefícios, o governo poderia começar a implantar, nas regiões por onde chegam os imigrantes, mais órgãos e agências que oferecessem serviços de regularização do visto e da carteira de trabalho, posto que ainda há muita deficiência de controle nesse setor. Além disso, nos destinos finais desses imigrantes poderiam ser oferecidos cursos de português e cursos qualificantes voltados para os mesmos. Isso facilitaria muito a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho formal e poderia inclusive suprir a alta demanda por mão-de-obra em setores como o da construção civil, por exemplo.
Nesse sentido, é preciso que atitudes mais energéticas sejam tomadas a fim de que o país não deixe escapar essa oportunidade: a de transformar o problema da imigração crescente em uma solução para outros. A questão merece mais atenção do governo, portanto, pois não deve ser a toa que o Brasil, além de ser conhecido pela hospitalidade, também o é pelo modo criativo de resolver problemas. Prestemos mais atenção aos olhares que nos cercam; deles podem vir novas oportunidades.
1. O texto lido segue a estrutura das dissertações. Identifique, justificando, os parágrafos que correspondem:
a) á introdução;
b) ao desenvolvimento;
c) á conclusão;
2. Seguindo a orientação dada na proposta da prova do Enem, o texto adota um ponto de vista. Qual é a tese quanto ao problema da imigração no Brasil defendida no texto?
3. Para fundamentar a tese que defende, o autor organiza seus argumentos em dois parágrafos e, conforme solicitado pela prova do Enem, apresenta uma proposta de intervenção.
a) identifique os argumentos em cada parágrafo.
b) qual(is) é (são) a(s) proposta(s) de intervenção sugerida(s)?
4. Na conclusão, o autor, para finalizar o texto, faz uma retomada tanto de seus argumentos como de uma imagem que apresentou no início.
a) quais argumentos são retomados?
b) identifique a imagem apresentada no início do texto e retomada na conclusão.
c) explique como essas retomadas contribuem para a estrutura da dissertação.
5. Em exames como o do Enem, há valorização do uso da norma-padrão, mas alguns poucos desvios são permitidos, desde que não prejudiquem a unidade do texto. Há no texto em estudo certas inadequações à norma-padrão formal.
a) identifique as inequações presentes em cada um destes trechos:
."Poderiam ser oferecidos cursos de português e cursos qualificantes voltados para os mesmos"
."É preciso que atitudes mais energéticas sejam tomadas"
."Não deve ser a toa que o Brasil"
b) reescreva os trechos, fazendo as devidas adequações à norma-padrão.
6. Com base no estudo sobre progressão referencial e operadores argumentativos realizado na seção Língua e linguagem deste capítulo, identifique no primeiro parágrafo do texto:
a) os termos que retomam, respectivamente, os referentes Brasil (1°linha) e mundo (2°linha);
b) um exemplo de progressão referencial catafórica;
c) um exemplo de operador argumentativo de contraposição.
d) um exemplo de operador argumentativo de audição.
7. Em geral, as dissertações escolares são construídas em um tom impessoal. No texto em estudo, entretanto, ocorre a presença da 1° pessoa, observada no uso de pronome nós.
a) levante hipóteses: Por que o tom impessoal é o mais utilizado nos textos dissertativo?
b) a quem se refere à 1° pessoa no texto em estudo?
c) explique por que, nesse contexto, o uso da 1° pessoa não descaracteriza a impessoalidade da linguagem.
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7) a) Porque isso proporciona maior credibilidade ao autor, e como ele já está expondo sua opinião, acaba sendo desnecessário o uso.
b) Nós, o povo brasileiro.
c) O uso de primeira pessoa nesse caso é para gerar apelo emocional e tenta mostrar que é uma questão que atinge a todos, por isso todos nós, brasileiros.
Espero ter ajudado....
Explicação:
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