resumo do filme Pantera Negra
por favor me ajudem nessa mano
o filme e o q lançou agr
me ajudemmmmmm por favor
Respostas
Ancestralidade e Isolamento
Pantera Negra não é exatamente um filme de origem e isso acaba abrindo um bem-vindo espaço para que esse batido recurso cinematográfico em filmes de super-heróis seja substituído pela construção da mitologia de Wakanda e dos Panteras Negras. Ainda que Coogler não resista e insira um preâmbulo contando a origem da nação, que se desenvolveu a partir da queda de um meteoro de vibranium que não só e valioso por si próprio, como alterou a vida na região e levou à reunião de tribos beligerantes debaixo do manto do primeiro Pantera Negra a partir dos efeitos da erva coração, a grande verdade é que ele o faz de maneira elegante e eficiente, sem firulas. Em algo como um ou dois minutos, Coogler consegue estabelecer a importante ancestralidade da cultura de Wakanda e marcar muito fortemente a questão do isolamento do país e seu “disfarce” como uma nação subdesenvolvida. O isolamento proposital de Wakanda poderia ter sido quebrado imediatamente por um roteiro menos corajoso e mais conveniente. Seria como se vê em tantos quadrinhos e filmes por aí: estabelece-se uma situação qualquer somente para ela ser pervertida completamente alguns minutos depois, como se ela nunca tivesse existido. Coogler e Cole, muito ao contrário, usam exatamente esse isolamento para contar uma história que é substancialmente auto-contida, com começo, meio e fim dentro de seu universo bem particular, apesar de, claro, estar contida em um universo cinematográfico bem mais amplo que ganha suas devidas referências sem que o ritmo da história seja quebrado, outro perigo na medida em que mais e mais filmes entrelaçados são lançados. E esse talvez seja o segundo maior mérito do roteiro que cria um “bolsão” narrativo independente que é, ao mesmo tempo, absolutamente harmônico em relação aos elementos já estabelecidos na mitologia geral do UCM sem se fiar neles ou interromper a narrativa para nos situar em relação a eles. E essa auto-contenção reforça a tal legitimidade que mencionei nos parágrafos preambulares. A história que vemos diante de nossos olhos é uma história integralmente do Pantera Negra, que nasce a partir do passado de seu país e se desenvolve em relação a ele. Mesmo o “estrangeiro” no filme, o sul-africano bôer sem mão Klaue, está intrinsecamente ligado à mitologia do personagem em razão tanto dos quadrinhos do Pantera quanto o que foi estabelecido em Era de Ultron. E é exatamente Klaue que é utilizado como pontapé inicial para a história, com T’Challa, já completamente legitimado como rei, encabeçando uma missão junto com a eficiente e estoica Okoye (Danai Gurira, como sempre manejando armas brancas como ninguém), líder do Dora Milaje, guarda real de Wakanda e a já citada Nakia em uma ação que parece homenagear em sua integralidade os filmes de James Bond, desde Shuri (Letitia Wright) fazendo as vezes de Q, passando por Nakia como a literal 007 de seu país e Everett K. Ross (Martin Freeman) servindo como o típico liaison da CIA e, claro, toda a sequência de ação em si dentro do cassino e pelas ruas da Coréia do Sul. Não fosse o uniforme de Pantera Negra, teríamos o primeiro James Bond negro, já pensaram? Apesar de fora de Wakanda, a sequência, em si, não foge do conceito de auto-contenção que Coogler se esmera em obter. Tudo o que acontece – inclusive o breve interlúdio para o roubo de um machado de vibranium em um museu em Londres – tem origem e consequência dentro da narrativa que toca o Pantera e/ou Wakanda diretamente. Klaue é o ponto focal por sua história pregressa no país camuflado e sua captura é uma falha no reinado de T’Chaka, algo que seu filho tenta corrigir, mas não consegue, para profundo desapontamento de seu amigo e líder tribal W’Kabi (Daniel Kaluuya), cuja infantilidade (abordarei esse aspecto mais para a frente) precipita a queda de T’Challa.
Mataram Ulysses Klaue!!! Malditos sejam Ryan Coogler e Joe Robert Cole (e também Killmonger)!!! Andy Serkis ainda tinha muito mais o que fazer como o ótimo vilão mequetrefe que só apanha de quem quer que seja.