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Primeiro foi a alta nos preços dos alimentos. Depois, furacões em 2008 que levaram 20% do PIB cubano. Para completar, uma crise vinda do mundo capitalista que secou créditos, derrubou exportações e está colocando à prova o regime comunista da ilha. No ano que marcaria a celebração de 50 anos da revolução, apenas os cartazes com os rostos dos líderes de 1959 distribuídos por Havana ainda dão um tom de festa. No restante da cidade, há apenas ruínas e uma população cansada e impaciente por mudanças.
Havana hoje enfrenta a pior crise desde o chamado Período Especial - momento, nos anos 90, que marcou o fim dos subsídios de até US$ 4 bilhões que a ilha recebia anualmente da ex-União Soviética. Oficialmente, o PIB que, este ano, cresceria 6,7% terá uma alta de apenas 1,7%. Tudo isso a partir de um ano marcado por perdas de US$ 10 bilhões por causa dos furacões.
A crise pode não ter surgido em Cuba, mas demonstrou que mesmo um regime comunista e sob embargo está vulnerável às forças do mercado. As exportações cubanas em 2009 sofreram uma queda de 36%. O governo cubano calcula ter perdido US$ 2 bilhões por ano com o embargo imposto pelos Estados Unidos e condenado por todo o mundo.