• Matéria: História
  • Autor: pãodealho007
  • Perguntado 8 anos atrás

que lição de vida podemos aprender com o filme narradores de javé?

Respostas

respondido por: Davimoraes51
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Desespero, Sofrimento e Luta: palavras dramáticas recheadas de sutileza, ironia e momentos tragicômicos que desenham em uma "tela" a realidade brasileira em um único cenário: o Sertão Nordestino.O filme, de Eliane Caffé, retrata a história de um povoado do Vale de Javé, situado no sertão baiano, que está prestes a ser inundado para a construção de uma enorme usina hidrelétrica. Diante dessa situação terrível, a comunidade se reúne para discutir diversas formas de como resolver o problema. De acordo com os moradores o ideal seria preparar um documento oficial, contando todos os grandes acontecimentos heroicos de sua história, justificando sua preservação, ou seja, o importante é provar para "todos" que o local abriga um patrimônio que não pode ser perdido e, por causa disso, decidem escrever os feitos da história de Javé, na esperança de impedir o tal desastre.Mas na vila só tem analfabetos, a primeira tarefa seria encontrar alguém que consiga retratar os acontecimentos. O principal candidato a realizar essa missão era o antigo responsável pela Agência de Correios do povoado – o famoso e odiado Antônio Biá , o único do vilarejo que sabe escrever. Ironicamente, ele havia sido expulso da cidade por inventar fofocas escritas sobre os moradores, isto é, forjava cartas falando mal dos vizinhos, só para aumentar a circulação das mesmas, que eram escassas no povoado e, consequentemente, manter em funcionamento a Agência de Correios onde trabalha. Porém, muito a contragosto, é escolhido para escrever o tal livro "científico", ou melhor, o da "salvação", como os moradores dizem. Escrever a história de Javé e salvá-la do afogamento é a sua oportunidade de se redimir diante da população.Mas para isso, precisa colocar por escrito os fatos que só são contados de boca a boca, de pai para filho. Começa então, uma tragicomédia com pitadas de épico e infinitas margens de reflexão. Surge, desde então, uma problemática disputa entre a história oficial e a história oral, incluindo, desta forma, a presença da oralidade e escrita no filme, assim como as tradições e culturas.Neste caminho, o escriba Antônio Biá, vai conhecendo a fundo as fantasias, as memórias e as lembranças do povo de Javé. Mas a escrita destas histórias, tão diferentes uma das outras, não estava fácil, pois as mesmas eram contadas em diferentes versões, variando de narrador a narrador. Surge então, uma pluralidade de fatos fantásticos e lendários. Por causa disso o escriba se vê entre essa impossibilidade de colocar no papel os relatos grandiosos dos moradores e, futuramente, o progresso destruidor e irremediável estava próximo de se concretizar.Nas várias versões os heróis são alterados conforme os narradores / moradores, como se os mesmos contadores fossem os próprios heróis / fundadores de Javé. Uma multiplicidade de fatos incompatíveis que deixou o ex-carteiro confuso, intacto diante de tantas histórias épicas e, consequentemente, sem reação suficiente para produzir o livro salvador.


pãodealho007: mt obg
respondido por: logabriell07
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Narradores de Javé (2004), filme dirigido por Eliane Caffé, aborda o drama dos moradores da cidade de Javé, com a chegada das águas o vale corre o risco de ser inundado por causa da construção de uma hidrelétrica para tentar impedir o avanço das águas é necessário redigir um documento que comprove que a cidade possui um patrimônio cultural e imaterial para solicitar o processo de tombamento.

Importantes tópicos abordados pelo filme:

  • Instalações de Usinas Hidrelétrica
  • Memória Coletiva
  • Patrimônio Cultural

Contexto Histórico:

O filme foi gravado em 2003, essa data coincide com o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um governo que prometia erradicar a fome, pobreza e o analfabetismo, o filme retrata indiretamente esse momento histórico.

Enredo

O objetivo principal dos personagens é conseguir evitar que a cidade de Javé seja inundada para a construção de uma hidrelétrica, por isso os moradores resolvem contar a sua história para mostrar que a cidade é um patrimônio cultural.

Na última visão que temos da cidade de Javé e inundada e os últimos moradores estão deixando o local, entretanto Biá (personagem principal) para e tira um caderno da bolsa e começa a escrever o ponto de vista dele de tudo que está acontecendo e alguns moradores param perto de Biá e começam a contar suas histórias.

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O filme termina mostrando o tempo presente com imagens da margem do rio São Francisco e a fala do personagem (Zaqueu), afirma que agora tudo que eles contaram que está documentado e não apenas presente na oralidade das pessoas, sendo um documento escrito que permitirá que todos saibam o que aconteceu com Javé.

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