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Peneira:A peneira é um símbolo que remonta a Roma antiga, onde a virgem Tuccia, supostamente demonstrou suas pureza transportando água por uma peneira sem derramar uma só gota. Este símbolo foi usado para glorificar a virgindade de Elizabeth e associar a Inglaterra ao outrora poderoso império Romano.
Luas e pérolas:Tem este nome devido a sua forma semelhante a de uma lua. Era utilizado para representar Elizabeth como a deusa da lua, Cynthia (também conhecida como Diana), que era uma virgem de pureza inquestionável. Sir Walter Raleigh ajudou a promover o culto a Elizabeth como deusa da lua através de um de seus maiores poemas que dedicou a soberana no final da década de 1580 intitulado ”The Ocean´s Love to Cynthia” (o amor do oceano para Cynthia), em que comparava Elizabeth a este esplêndido satélite.
Cobra:Tempos atrás veio à luz uma notícia que deixou muitos historiadores de arte atônitos. Durante anos, experts no assunto especularam sobre uma misteriosa sombra que cobria um dos retratos de Elizabeth, uma mancha negra que enfim descobriram tratar-se de uma serpente. O artista anônimo que pintou a “Rainha Virgem” desenhou o réptil enroscado na mão da monarca, mas apagou-a substituindo pela convencional rosa Tudor, dando a entender que a serpente poderia associar-se ao mal e ao pecado original na tradição bíblica.
Segundo explica ao jornal The Independent, Tarnya Cooper, curadora do National Portrait Gallery, os assessores de Elizabeth I controlavam cuidadosamente sua imagem e um deslize deste tipo não passaria escondido. “Talvez serpente fosse um símbolo demasiadamente delicado ou ambíguo, um emblema provavelmente perigoso. O fato dela ter sido tão rapidamente apagada sugere que a questão era complicada para o povo”, explica Cooper. ;É compreendido, explica a curadora, que a rainha possuía joias em forma de serpente, mas a maneira ”sedutora” em que a serpente agarra-se a sua mão poderia ter causado um escândalo na época, afinal, como a filha de Ana Bolena nunca se casou, ela ficou conhecida como a “Rainha Virgem”.
Não obstante, as análises feitas com raios X e a tecnologia de raios infravermelhos revelaram que tratava-se de uma serpente cuidadosamente pintada com escamas verdes e azuis. O historiador e expert no período Tudor, David Starkey, fornece mais informações ao recordar que as serpentes possuíam vários significados no século XVI. “Durante o período Elizabethano, a serpente possuía um duplo simbolismo. Sem dúvida, representava a sabedoria. Há ao menos um retrato que mostra Elizabeth I com imagens de serpentes verdes em seu vestido”, explica Starkey.
Rosas:A rosa representada em seus retratos possuía um simbolismo político referente a sua casa real, os Tudors. A rosa de Tudor foi criada combinando o emblema da casa de Lancaster (rosa vermelha) com a casa de York (rosa branca) estas casas rivais uniram-se em 1486 pelo casamento do lancastriano Henrique VII e a Yorkista Elizabeth de York, esta união trouxe estabilidade necessária a nação inglesa após anos de guerra civil (a Guerra das Rosas). A rosas usadas nos retratos de Elizabeth remetem a dinastia Tudor e a união que ela trouxe ao reino. A rosa também possuí conotação religiosa, como o símbolo medieval da virgem Maria, e foi usada como alusão a Rainha Virgem como a sucessora secular de Virgem Maria.