• Matéria: História
  • Autor: JuliaMizidio
  • Perguntado 8 anos atrás

Qual o interesse da igreja católica na conversão dos povos bárbaros ?

Respostas

respondido por: SolLua17
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Ao longo de sua trajetória, a Igreja Cristã teve grande papel na divulgação e expansão do cristianismo pelos vastos territórios dominados pela população romana. Inicialmente, como bem sabemos, os cristãos realizavam a pregação do Cristianismo, mesmo com as perseguições empreendidas pelos romanos que se opunham ferrenhamente ao conteúdo das crenças disseminadas. Com o crescimento da religião, o Império Romano acabou revertendo tal situação ao oficializar o Cristianismo e, desse modo, observamos a configuração de uma hierarquia que mais tarde consolidaria a presença da Igreja como instituição atuante.

Entre os séculos III e IV, a Igreja Cristã realizava a disseminação do Cristianismo com o apoio do Império Romano, que oferecia enormes facilidades para que populações inteiras paulatinamente se voltassem para a nova religião. Contudo, essa situação veio a se transformar com o advento das invasões bárbaras, as quais trouxeram uma variedade de povos, culturas e crenças para os antigos domínios imperiais. A partir de então, diferentes estratégias deveriam ser elaboradas para que os clérigos cristãos conseguissem penetrar no interior dos recém-formados reinos bárbaros e, de tal forma, garantir a sobrevivência da religião.

Inicialmente, vemos que a ação da Igreja se concentrou na formação de mosteiros em regiões rurais, na promoção de estratégias que aproximassem os clérigos dos monarcas e na melhoria da formação dos membros cristãos que promoveriam o diálogo junto às populações pagãs. No entanto, devemos salientar que esse processo de diálogo para com os povos bárbaros, aconteceu muito mais em função de práticas que não só apresentavam uma nova religião, mas também colocavam em voga vários hábitos, instituições e modelos provenientes da própria cultura clássica que se mostrava viva, apesar da crise romana

respondido por: Anônimo
6

Quase todos os povos germânicos reconheciam três divindades principais: Ziu (deus supremo do céu), Donar ou Thor (deus do trovão) e Wodam ou Odin (deus das tempestades e dos mortos). As suas crenças religiosas, porém, estavam abaladas por terem deixado as suas terras de origem e terem entrado em contato com civilizações e religiões estrangeiras. Estavam, portanto, abertos ao anúncio de uma mensagem religiosa mais sólida.

Não é possível reconstituir com minúcias o processo de conversão de cada povo germânico ao Cristianismo. Apenas se podem apresentar os seguintes traços seguros:

1) Tal conversão não se deu, como na antiguidade, em virtude de ação missionária dos cristãos junto aos familiares e amigos, mas ocorreu por efeito da decisão do chefe da respectiva tribo; os súditos costumavam seguir o exemplo do chefe.

2) Entre os germanos, a vida civil e o culto religioso estavam estritamente associados entre si. Por isto a conversão de uma tribo não era apenas um fato religioso, mas constituía também um acontecimento político.

3) Na conversão dos germanos ao Cristianismo, antes de Carlos Magno, não houve recurso a meios violentos. Todavia algumas tribos, como as dos visigodos e dos vândalos, usaram de violência contra os cristãos.

4) Os germanos, com exceção dos francos, fizeram-se cristãos primeiramente sob a forma do arianismo, seguindo o exemplo dos visigodos. Algumas hordes permaneceram arianas até o seu ocaso (ostrogodos, vândalos); outras o abandonaram para tornar-se católicas, ainda que tardiamente (visigodos, suevos, burgúndios…).

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