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UFMG
Resumo em português: As atividades antrópicas voltadas para a explotação de recursos minerais têm resultado em alterações significativas na paisagem e, consequentemente, na dinâmica do meio em que se verificam. No caso da explotação do minério de ferro no Complexo Itabira, localizado na porção nordeste do Quadrilátero Ferrífero (MG), testemunhamos um longo histórico da atuação humana, marcado por profundas alterações no relevo. É nesse contexto que se insere este trabalho, uma vez que seu objetivo principal está voltado para o reconhecimento, mapeamento e caracterização de feições do relevo de natureza antropogênica, estejam elas localizadas nas encostas ou nos fundos de vale. Constitui meta fundamental deste trabalho investigar o relevo antropogênico sob o enfoque da temporalidade, mediante estabelecimento de cenários em que se busca reconstituir condições ambientais presentes na região minerada tanto na fase inicial de sua exploração como em tempos recentes, confrontando-as. Metodologicamente, esta pesquisa se apoiou na investigação de feições cuja dinâmica foi fortemente acelerada pela intervenção humana, a qual chegou, inclusive, a produzir significativas inversões de relevo. A interpretação de carta topográfica escala de 1:25.000 e de produtos de sensores remotos foi fundamental para o reconhecimento de feições do relevo em diferentes temporalidades do processo de exploração mineral. Verificou-se que, ao longo de 62 anos de exploração do minério de ferro, além do rebaixamento da superfície em algumas áreas, houve concomitante elevação soterramento em outras. O processo de reposição topográfica produziu, localmente, um conjunto significativo de morrotes artificiais. Inversões de relevo se fizeram presente, na medida em que porções do relevo esculturadas em saliências e, hidrologicamente, dispersoras do escoamento superficial pluvial, foram antropicamente remodeladas em reentrâncias, alterando sua funcionalidade hidrológica. Demais feições antropogênicas foram identificadas, tais como taludes artificiais ascendentes (os morrotes artificiais) e descendentes (as cavas), barragens de rejeitos. Dentre as principais alterações impostas ao sistema fluvial se destacam as mudanças no padrão de drenagem, a redução do número de canais de primeira ordem e a instalação de barragens de rejeitos transformando o sistema até então lótico em lêntico. O volume de material extraído tanto o minério propriamente dito como o estéril registrou uma quantidade expressiva de carga de material gerado mediante a explotação do minério de ferro. Nos primeiros 43 anos de explotação, a mina do Cauê gerou uma média de 6.120.869 m3 por ano. Entre 1989 a 2000 esse valou atingiu uma média de 12.215.115 m3. A mina de Conceição, também começou a sua explotação no mesmo ano que a mina do Cauê, nos primeiros 43 anos o valor é menor nessa mina, em torno de 2.275.505 m3. No entanto, esse valor atingiu uma média de 9.252.515 m3 por ano entre 1989 a 2000. Já as minas do Meio apresentam uma média de 66.683 m3 por ano. Isso ocorre porque estas minas foram exploradas a partir da década de 1960, porém nessa década a mina de Esmeril ainda não era explorada. No entanto, esse valor é acentuado entre 1989 a 2000 apresentando uma média de 8.194.236 m3 por ano.
Resumo em português: As atividades antrópicas voltadas para a explotação de recursos minerais têm resultado em alterações significativas na paisagem e, consequentemente, na dinâmica do meio em que se verificam. No caso da explotação do minério de ferro no Complexo Itabira, localizado na porção nordeste do Quadrilátero Ferrífero (MG), testemunhamos um longo histórico da atuação humana, marcado por profundas alterações no relevo. É nesse contexto que se insere este trabalho, uma vez que seu objetivo principal está voltado para o reconhecimento, mapeamento e caracterização de feições do relevo de natureza antropogênica, estejam elas localizadas nas encostas ou nos fundos de vale. Constitui meta fundamental deste trabalho investigar o relevo antropogênico sob o enfoque da temporalidade, mediante estabelecimento de cenários em que se busca reconstituir condições ambientais presentes na região minerada tanto na fase inicial de sua exploração como em tempos recentes, confrontando-as. Metodologicamente, esta pesquisa se apoiou na investigação de feições cuja dinâmica foi fortemente acelerada pela intervenção humana, a qual chegou, inclusive, a produzir significativas inversões de relevo. A interpretação de carta topográfica escala de 1:25.000 e de produtos de sensores remotos foi fundamental para o reconhecimento de feições do relevo em diferentes temporalidades do processo de exploração mineral. Verificou-se que, ao longo de 62 anos de exploração do minério de ferro, além do rebaixamento da superfície em algumas áreas, houve concomitante elevação soterramento em outras. O processo de reposição topográfica produziu, localmente, um conjunto significativo de morrotes artificiais. Inversões de relevo se fizeram presente, na medida em que porções do relevo esculturadas em saliências e, hidrologicamente, dispersoras do escoamento superficial pluvial, foram antropicamente remodeladas em reentrâncias, alterando sua funcionalidade hidrológica. Demais feições antropogênicas foram identificadas, tais como taludes artificiais ascendentes (os morrotes artificiais) e descendentes (as cavas), barragens de rejeitos. Dentre as principais alterações impostas ao sistema fluvial se destacam as mudanças no padrão de drenagem, a redução do número de canais de primeira ordem e a instalação de barragens de rejeitos transformando o sistema até então lótico em lêntico. O volume de material extraído tanto o minério propriamente dito como o estéril registrou uma quantidade expressiva de carga de material gerado mediante a explotação do minério de ferro. Nos primeiros 43 anos de explotação, a mina do Cauê gerou uma média de 6.120.869 m3 por ano. Entre 1989 a 2000 esse valou atingiu uma média de 12.215.115 m3. A mina de Conceição, também começou a sua explotação no mesmo ano que a mina do Cauê, nos primeiros 43 anos o valor é menor nessa mina, em torno de 2.275.505 m3. No entanto, esse valor atingiu uma média de 9.252.515 m3 por ano entre 1989 a 2000. Já as minas do Meio apresentam uma média de 66.683 m3 por ano. Isso ocorre porque estas minas foram exploradas a partir da década de 1960, porém nessa década a mina de Esmeril ainda não era explorada. No entanto, esse valor é acentuado entre 1989 a 2000 apresentando uma média de 8.194.236 m3 por ano.
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