Leia o texto a seguir: “Por mais de três séculos, o sistema produtivo brasileiro esteve associado à escravidão como mecanismo de sustentação. [...] O Brasil foi o último país do mundo a abolir oficialmente a escravidão em 1888, momento em que os negros já representavam cerca de 50% da população (THEODORO, 2008). Mas a abolição não significou para a população negra a possibilidade de inserção no mercado de trabalho em ocupações assalariadas. Pelo contrário, o negro só foi absorvido pelo processo produtivo de regiões estagnadas economicamente, com trabalhos precários e, em geral, em áreas rurais. Em meio ao crescimento do processo de industrialização, a imigração massiva de europeus serviu para fornecer mão de obra livre às fábricas nos centros urbanos (KOWARICK, 1994; JACCOUD, 2008), servindo também ao ideal de branqueamento da nação, visto então como condição necessária ao avanço do país. O esforço de incorporação de trabalhadores pretos e pardos ao mercado de trabalho só foi institucionalizado pelo Estado com a lei de Amparo do Trabalhador Brasileiro Nato, promulgada por Vargas em 1931, garantindo que dois terços dos funcionários das indústrias fossem brasileiros, o que permitiu a incorporação de um contingente da população negra ao mercado urbano. O problema é que esta incorporação se mostrou limitada porque incluía nesse rol de “trabalhadores” apenas aqueles que viviam nas cidades e, como já foi dito, a maior parte dos negros encontrava-se nas áreas rurais. BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Governo. Índice de vulnerabilidade juvenil à violência 2017: desigualdade racial, municípios com mais de 100 mil habitantes / Secretaria de Governo da Presidência da República, Secretaria Nacional de Juventude e Fórum Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2017. Disponível em: . Acesso em 24 mar. 2018, p.49. JACCOUD, Luciana. O combate ao racismo e à desigualdade: o desafio das políticas públicas de promoção da igualdade racial. as políticas públicas e a desigualdade racial no Brasil, v. 120, p. 135-170, 2008. KOWARICK, Lúcio. trabalho e vadiagem: a origem do trabalho livre no Brasil. Paz e Terra, 1994. THEODORO, Mário. As políticas públicas e a desigualdade racial no Brasil 120 anos após a abolição. Brasília: IPEA, 2008. Considerando o texto acima coloque V para verdadeiro e F para falso nas afirmativas a seguir: ( ) Na era Vargas, a partir de 1931 todos os trabalhadores negros e pardos tiveram seus direitos trabalhistas assegurados, independente da área em estavam atuando. ( ) A entrada de trabalhadores europeus no Brasil facilitou a aceitação dos trabalhadores negros, posto que eles eram os únicos que conheciam as tarefas a serem desenvolvidas. ( ) Somente em 1888, como último país a adotar tal medida, o Brasil aboliu a escravidão negra. ( ) Mesmo com a abolição da escravatura, o negro continuou trabalhando em condições precárias em regiões rurais estagnadas economicamente. As afirmações são respectivamente:
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Olá!
A primeira afirmativa é falsa; o que ocorreu em 1931 foi que ⅔ do contingente de pessoas das indústrias deveriam ser de brasileiros. Desses ⅔, entraram um certo número de negros e pardos, mas não uma quantidade tão relevante, haja vista que a maioria se instalou em áreas rurais, não urbanas.
A segunda alternativa também é falsa. A mão de obra européia dificultou a entrada dos negros no mercado de trabalho. As outras duas alternativas são verdadeiras.
Espero ter ajudado,
Att...
A primeira afirmativa é falsa; o que ocorreu em 1931 foi que ⅔ do contingente de pessoas das indústrias deveriam ser de brasileiros. Desses ⅔, entraram um certo número de negros e pardos, mas não uma quantidade tão relevante, haja vista que a maioria se instalou em áreas rurais, não urbanas.
A segunda alternativa também é falsa. A mão de obra européia dificultou a entrada dos negros no mercado de trabalho. As outras duas alternativas são verdadeiras.
Espero ter ajudado,
Att...
ana360osq7gq:
F, F, V ,V.
Quem estiver interessado em participar de um grupo de WhatsAp de RH da UniCesumar
Por favor, mande uma mensagem ao numero (44) 9 9889-7655
Obs.: será aceito somente alunos que estão cursando RH
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