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As bactérias são os seres mais antigos da Terra e estão presentes em quase todos os lugares – ar, água, solo, ar, poeira e até em vulcões; e por isso são consideradas os seres vivos mais abundantes do planeta. Exemplo dessa abundância está no fato de haver em nosso próprio organismo maior quantidade de bactérias do que de células... Isso mesmo! Temos aproximadamente 10 vezes mais bactérias em nosso corpo do que células humanas.
Estes microrganismos apresentam papel importante na manutenção da vida e do equilíbrio dos ecossistemas, atuando como decompositores fixadores de nitrogênio e desnitrificantes. Em nosso organismo, o papel desempenhado por estes microrganismos também é essencial, uma vez que graças à quantidade de bactérias presentes em nosso intestino, por competição, outras bactérias patogênicas não encontram um meio adequado para se instalar. Graças a elas também conseguimos absorver determinados nutrientes por elas produzidos durante a fermentação dos alimentos que ingerimos.
Podemos destacar outros papéis úteis das bactérias ao homem na produção de alimentos, fabricação de queijos e bebidas, e na indústria química, na produção de determinados fármacos.
Assim, antes de condenarmos esses microrganismos pelas inúmeras enfermidades, devemos saber que somente uma pequena parte das bactérias é patogênica, ou seja, causadora de doenças.
Quanto a sua descoberta, ocorreu por acaso, quando um negociante holandês, Leewenhoek, ainda no século 16, estava observando resíduos de alimentos retirados de seus próprios dentes. Este comparou as minúsculas estruturas encontradas a outras, presentes em diversos materiais, como água parada e sujeira. Leewenhoek descreveu essas estruturas, em formato de bastonetes, como pequenos animais (animáculos).
Entretanto, somente no século 19, o estudo das bactérias se desenvolveu, graças aos trabalhos realizados pelo médico alemão Koch, que descobriu que o causador de uma doença que acometia o gado era na verdade uma bactéria. A fama de vilã não parou por aí. O pesquisador francês Pasteur contribuiu grandemente para estudo destes microrganismos e de tanto estudar as bactérias patogênicas passou a temê-las, chegando ao ponto de não mais pegar na mão das pessoas e a desenvolver uma mania incontrolável de limpeza, tudo para evitá-las.
As bactérias são seres procariontes, ou seja, não apresentam material genético protegido por membrana, desta forma, ao ser vista no microscópio óptico não apresenta núcleo. Podem se apresentar de diferentes formatos – cocos, bacilos, espiroquetas e vibrião.
As bactérias, por sua enorme distribuição e pelo tempo de vivência em nosso planeta, apresentam diversas formas de nutrição, advindas da evolução de sua espécie. Dessa maneira, elas podem ser classificadas como:
Autótrofas, as que produzem seu próprio alimento. Neste caso, existem bactérias que possuem a capacidade fotossintetizante (na qual a fonte de energia é a luz) e quimiossintetizante (na qual a fonte de energia provém das reações de oxirredução).
Heterótrofas, as que se alimentam de nutrientes de outros seres vivos, podendo ser: saprófagas (as que se alimentam de organismos mortos) ou parasitas (as que se alimentam de organismos vivos). Uma vez absorvido o alimento, a bactéria pode realizar os processos de respiração aeróbico, anaeróbico ou a fermentação para a produção de energia a partir dos nutrientes consumidos.