Que consequências o franquismo trouxe para a Espanha?
Respostas
principal característica do franquismo é sua inclinação ao conservadorismo nacional baseado no nacionalismo da “Unidade Nacional Espanhola”. A despeito disso, este regime ditatorial mantinha a divisão de poderes (Legislativo, Executivo, Judiciário) apenas como uma aparência.
As liberdades individuais e os direitos civis foram limitadas e violadas diante da grande repressão aos opositores do sistema, os quais eram eliminados fisicamente.
Este tipo de atitude emanava de um Estado autoritário e corporativo que apregoava um discurso romântico nacionalista, catolicista, anticomunismo e tradicionalista, o qual, por sua vez, estava centrado na figura do Ditador, enaltecido constantemente por meio de propagandas de Estado.
Por fim, vale apontar alguns números do franquismo: 300.000 pessoas aprisionadas em prisões de trabalho disciplinatório; dezenas de milhares enviadas ao exílio; 150.000 fuzilados por causas políticas e mais de 30.000 desaparecidos.Após a Crise de 1929, a Espanha instaurou um governo republicano com orientação comunista que durou de 1931 até 1936, quando a Frente Popular retorna ao poder.
Contudo, em julho de 1936, o general Franco, apoiado por simpatizantes do fascismo, tal como membros do exército espanhol, a burguesia conservadora e grande parte da classe média, além de setores da Igreja, bem como pelo partido fascista chamado Falange, proferiram um golpe de Estado contra o governo de esquerda, apoiado pela URSS.
Contudo, a tentativa de golpe teve de enfrentar as milícias de trabalhadores, dando início à chamada Guerra Civil Espanhola, que duraria até o ano de 1939, quando o grupo nacionalista (Movimento Nacional) do general Francisco Franco vence o conflito e instaura o regime ditatorial franquista.
Neste ínterim, tem início a Segunda Guerra Mundial, na qual os espanhóis se aliam aos regimes fascistas, que por sua vez, são derrotados em 1945, quando o fascismo se torna um exemplo político desprestigiado. Por este motivo, em 1947, Franco promulga a “Lei de Sucessão” e estabelece uma Monarquia Constitucional controlada pelo seu regime.
Em 1953, os Estados Unidos, no contexto da Guerra Fria, investem centenas de milhões de dólares na Espanha para conter o avanço do comunismo e, em contrapartida, estabelecessem bases militares no território espanhol e recebem soldados espanhóis para combater o comunismo na Guerra da Coreia.
Na década de 1960, o nível (e qualidade) de vida da população espanhola atinge um patamar elevado, o que levou algumas pessoas a considerar que este fato tenha sito fruto da gestão franquista. Contudo, o regime teve um fim com a morte do ditador, em 1975 na cidade de Madri, quando foi substituído pelo monarca Juan Carlos I e teve início a redemocratização do país.