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Edvard Munch, (1863-1944) foi um pintor e gravador norueguês. Autor das obras "O Grito" e "A Menina Doente" foi um dos maiores representantes da corrente expressionista do século XX.
Edvard Munch (1863-1944) nasceu em Loten, Noruega, no dia 12 de dezembro de 1863. Filho de um médico do Exército, obsessivamente religioso, sofreu sucessivas perdas que marcaram sua vida. Ficou órfão de mãe com cinco anos de idade. Frágil e doente passou sua infância na cama e chegou a ser expulso da escola por excesso de faltas. Sem a mãe, apegou-se à irmã Sophie, um ano mais velha, que era sua alegria, até ficar tuberculosa e morrer com 15 anos.
Nos anos seguintes, Munch perdeu o pai, que morreu de um ataque cardíaco, e viu outra irmã, esquizofrênica, ser internada em um hospital psiquiátrico, onde passaria toda a vida. Ficou então aos cuidados de uma tia, que o matriculou na Escola de Artes e Ofícios, na cidade de Kristiania, atual Oslo. Aluno do mestre Christian Krogh começou a pintar seguindo os moldes naturalistas.
Durante as primeiras viagens a Paris, em 1885 e 1889, entrou em contato com a obra dos artistas pós-impressionistas, entre eles, Paul Cézanne, Gauguin, e Van Gogh, que buscavam uma nova arte. Ainda em 1885 iniciou uma série de pinturas e gravuras cujos temas recordam desespero, solidão, perda e angústia dos momentos antes da morte de sua irmã Sophie e o internamento da outra irmã. Entre essas obras destacam-se, “A Mãe à Cabeceira da Criança Doente” (1885) e “A Menina Doente” (1886).
Em 1892, Munch já fazia parte da vanguarda intelectual de Berlim, quando preparou uma exposição para a União dos Artistas. Continuando no mesmo tema, pintou a obra que o nabilizou, “O Grito” (1893), feita em quatro versões, que estão no museu da Noruega, exceto a terceira, de 1895, que pertence a um financista de Nova York. A obra é um retrato perfeito de uma figura desesperada onde seu grito parece silencioso, um átimo de horror sufocado, mudo. Ainda desse período é a tela “Cinzas” (1894), “Morte no Quarto da Doente” (1895), “Melancolia” (1895), “O Leito da Morte” (1895), entre outras.
Entre 1908 e 1909, Munch esteve numa clínica psiquiátrica em Copenhaga, na Dinamarca. Ele mesmo tomou o trem e se apresentou na clínica, ciente de que precisava de ajuda. Achava que diabos o perseguiam. Ouvia vozes, tinha alucinações e insônia, bebia demais e sofria paralisações súbitas. Logo recebeu o diagnóstico: neurossífilis, estágio em que a sífilis atinge o cérebro.
Depois de oito meses internado, recebeu alta, cortou o cigarro e o excesso de bebida passando a pintar quadros mais leves, mais extrovertidos. O primeiro tema que explorou repetidamente foi o sol – o astro, a luz e o amarelo. Chegou a pintar naturezas mortas, inspirado na produção agrícola da própria fazenda nos arredores de Oslo. Em seus últimos anos de vida, pintou uma série de auto retratos. Em 1914 iniciou a pintura de afrescos para a Universidade de Oslo.
Edvard Munch faleceu em Oslo, Noruega, no dia 23 de Janeiro de 1944, época em que a Noruega estava sob a ocupação alemão e seu corpo foi velado em uma pomposa cerimônia nazista.