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Quando os portugueses chegaram ao Brasil encontraram, ao invés de pedras preciosas como queriam, figuras aparentemente incompreensíveis gravadas nas pedras. Estas gravuras hoje chamadas de gravuras rupestres, datam de aproximadamente, entre 3.000 e 10.000 anos atrás.
Ao longo deste tempo muitas destas gravuras já foram destruídas e algumas continuam ameaçadas.
No Nordeste, Rio Grande do Norte e Paraíba, é onde se encontra a maior concentração de arte rupestre do mundo. O clima seco, a vegetação impenetrável e a dificuldade de ocupação em algumas áreas, contribuíram para conservação dessa arte. E no Piauí onde se encontram as figuras rupestre mais antigas do Brasil.
Os temas retratados nas gravuras e pinturas rupestres geralmente estão ligados ao cotidiano, como caça, fertilidade, objetos domésticos ou de trabalho. Acredita-se que muitas cenas tinham carácter mágico- religioso, como uma preparação para o que ainda seria vivido, como uma situação de caça por exemplo.
As pinturas rupestres podem ser feitos com os dedos ou com a ajuda de utensílios; as cores, obtidas do carvão (preta), do óxido de ferro (vermelha e amarela) e, às vezes, com cera de abelha. Substâncias líquidas – água, clara de ovo, sangue etc. – são empregadas nas pinturas. Às diferentes técnicas e cores (muitas vezes superpostas) são atribuídos sentidos variados.
No Brasil existem três estilos predominantes na arte rupestre. Os traços geométricos pertencem à tradição agreste. As figuras humanas são a marca da tradição Nordeste. Já as gravuras na pedra formam a tradição Itacotiara