• Matéria: Português
  • Autor: italo160p76z77
  • Perguntado 8 anos atrás


Cante lá... que eu canto cá
Repare que a minha vida
É deferente da sua
A sua rima pulida
Nasceu no salão da rua
Já eu sou bem deferente
Meu verso é como a simente
Que nasce inriba do chão
Não tenho estudo nem arte
A minha rima faz parte
Das obras da criação...
Mas porém, eu não envejo
O grande tesôro seu
Os livro do seu colejo
Onde você aprendeu
Pra gente aqui sê poeta
E fazê rima compreta
Não precisa professô
Basta vê no mês de maio
Um poema em cada gaio
E um verso em cada fulô
Antônio Gonçalves da Silva, Patativa do Assaré (1909 - 2002)

Em relação ao poema de Patativa do Assaré e ao uso que ele faz da língua, podemos afirmar que:




a.
o texto é um exemplo da deturpação em relação ao uso da língua em nível culto, demonstrando como se fala errado em determinadas regiões do Brasil.


b.
a forma de o poeta usar a língua não compromete a emoção transmitida por esse poema, e evidencia que todas as variações linguísticas mostram o uso diverso que se faz da língua portuguesa no Brasil, o que consiste em uma riqueza cultural muito grande.


c.
o verso “ Os livro do seu colejo” fere as regras da Gramática Normativa e por isso podemos falar que essa variação no uso da língua está errada.


d.
o texto apresenta vários erros em relação à norma urbana de prestígio e por isso não pode ser considerado um poema representativo da literatura brasileira.


e.
o poeta não sabe a língua e por isso comete muitos erros em vários níveis e registros.

Respostas

respondido por: jncorreia2
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letra b, o poeta mostra a poesia em sua própria realidade, sem estudos, não comprometendo a emoção e impondo a própria cultura
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