Respostas
respondido por:
0
Para entendermos a importância das grandes invenções científicas da Idade Moderna e, em especial, a importância das principais invenções do século XVIII, é necessário que saibamos como os historiadores do pensamento científico definem a chamada “ciência moderna” e o motivo pelo qual tal ciência se associou intimamente com a instrumentalização técnica. A ciência moderna tem como essência a observação e descrição dos fenômenos naturais e, como fim, a manipulação e transformação da natureza por meio da tecnologia.
É sabido que, a partir do RenascimentoCientífico europeu, que começou a se desenvolver no século XVI, uma nova concepção de conhecimento científico (ou de “ciência”) foi elaborada. Essa concepção diferenciou-se radicalmente das investigações científicas que eram feitas na Antiguidade e em grande parte da Idade Média, época em que o padrão epistemológico aristotélico vigorava. A chamada “ciência moderna” operou uma verdadeira “revolução epistemológica”, começada no século XVII, mas que se estendeu pelos séculos XVIII e XIX. Essa revolução só foi abalada pela teoria da mecânica quântica nas primeiras décadas do século XX.
Essa revolução epistemológica diz respeito ao desenvolvimento de instrumentos técnicos como suportes para a ampliação dos sentidos humanos com a finalidade de observação, descrição e experimentação científica. Um exemplo desses suportes é a luneta astronômica desenvolvida por Galileu Galilei em 1609. Galileu tornou a luneta batava, usada como mero instrumento de navegação, um instrumento prático, ampliou-lhe as lentes e deu-lhe uma finalidade estritamente científica (a observação das crateras lunares, por exemplo, – feita por Galileu – foi operada por esse invento). Isso era impensável no mundo antigo. As características definidoras da ciência moderna foram exaustivamente estudadas por autores como Pierre Duhem, Alexandre Koyré e Thomas S. Kuhn.
Esse e vários outros exemplos de invenção tiveram um peso enorme na consolidação da ciência moderna em todas as áreas. A ciência moderna está diretamente ligada à técnica. Não é uma ciência contemplativa, como a ciência antiga, mas é uma ciência de ação, de intervenção. Além do suporte que os instrumentos técnicos (telescópio, microscópio, termômetro etc.) deram ao desenvolvimento científico, a tecnologia passou a ser empregada também em usos pragmáticos, isto é, no progresso da civilização moderna. Nesse sentido, mostraremos abaixo tanto exemplos de descobertas teóricas quanto de invenções técnicas da ciência moderna, com ênfase no século XVIII.
Uma Ciência que apresentou grande evolução e desenvolvimento no século XVIII foi a Química. Nesse século, ela deixou de ser diretamente relacionada com a alquimia, farmácia e medicina, passando a ser uma ciência da natureza principalmente em razão do tratado elementar da química proposto por Antoine Lavoisier.
O tratado elementar da Química proposto por Lavoisier no ano de 1789 tornou-a realmente uma ciência porque promoveu e determinou um caráter quantitativo para todo e qualquer experimento. Em seu tratado, Lavoisier propôs que existia em todas as combustões uma matéria que compunha o ar que seria determinante para que as reações de queima ocorressem, derrubando, assim, a teoria do flogístico.
Lavoisier propôs a importância de um componente do ar nas combustões
De acordo com a teoria do flogístico (proposta pelo químico e médico Stahl, um apaixonado pela combustão), sempre que um material queimava, ele liberava seu flogístico, isto é, um componente da matéria determinante para queimar. Com seus experimentos, Lavoisier mostrou que esse componente estava obrigatoriamente no ar, além de provar que, em toda reação química, existe uma conservação da massa, assim enunciada:
“A massa dos reagentes de uma reação química é igual à massa dos produtos dessa mesma reação.”
Muitos foram os estudiosos que contribuíram para o desenvolvimento da Química no século XVIII, principalmente no que tange à escrita do tratado elementar de Lavoisier, como:
O trabalho com gases foi muito intenso no século XVIII
Henry Cavendish foi um químico que realizou experimentos em que ele misturava metais com alguns ácidos. Isso resultou na produção do gás hidrogênio, que foi isolado e estudado em seguida.
Robert Boyle estudou os gases e publicou a origem e o peso do ar, em que apresentou a lei da compressibilidade dos gases. Realizou também estudos sobre o calor, eletricidade e magnetismo.
Joseph Priestley foi um químico que desenvolveu de forma acidental as chamadas bebidas carbonatadas (presença do gás carbônico). Priestley descobriu que esse gás, intitulado por ele de ar fixo, era capaz de extinguir as chamas de uma combustão. Além disso, ele conseguiu também isolar e trabalhar com vários gases, como o dióxido de nitrogênio, óxido nitroso, dióxido de carbono, hidrogênio, monóxido de carbono e dióxido de enxofre.
É sabido que, a partir do RenascimentoCientífico europeu, que começou a se desenvolver no século XVI, uma nova concepção de conhecimento científico (ou de “ciência”) foi elaborada. Essa concepção diferenciou-se radicalmente das investigações científicas que eram feitas na Antiguidade e em grande parte da Idade Média, época em que o padrão epistemológico aristotélico vigorava. A chamada “ciência moderna” operou uma verdadeira “revolução epistemológica”, começada no século XVII, mas que se estendeu pelos séculos XVIII e XIX. Essa revolução só foi abalada pela teoria da mecânica quântica nas primeiras décadas do século XX.
Essa revolução epistemológica diz respeito ao desenvolvimento de instrumentos técnicos como suportes para a ampliação dos sentidos humanos com a finalidade de observação, descrição e experimentação científica. Um exemplo desses suportes é a luneta astronômica desenvolvida por Galileu Galilei em 1609. Galileu tornou a luneta batava, usada como mero instrumento de navegação, um instrumento prático, ampliou-lhe as lentes e deu-lhe uma finalidade estritamente científica (a observação das crateras lunares, por exemplo, – feita por Galileu – foi operada por esse invento). Isso era impensável no mundo antigo. As características definidoras da ciência moderna foram exaustivamente estudadas por autores como Pierre Duhem, Alexandre Koyré e Thomas S. Kuhn.
Esse e vários outros exemplos de invenção tiveram um peso enorme na consolidação da ciência moderna em todas as áreas. A ciência moderna está diretamente ligada à técnica. Não é uma ciência contemplativa, como a ciência antiga, mas é uma ciência de ação, de intervenção. Além do suporte que os instrumentos técnicos (telescópio, microscópio, termômetro etc.) deram ao desenvolvimento científico, a tecnologia passou a ser empregada também em usos pragmáticos, isto é, no progresso da civilização moderna. Nesse sentido, mostraremos abaixo tanto exemplos de descobertas teóricas quanto de invenções técnicas da ciência moderna, com ênfase no século XVIII.
Uma Ciência que apresentou grande evolução e desenvolvimento no século XVIII foi a Química. Nesse século, ela deixou de ser diretamente relacionada com a alquimia, farmácia e medicina, passando a ser uma ciência da natureza principalmente em razão do tratado elementar da química proposto por Antoine Lavoisier.
O tratado elementar da Química proposto por Lavoisier no ano de 1789 tornou-a realmente uma ciência porque promoveu e determinou um caráter quantitativo para todo e qualquer experimento. Em seu tratado, Lavoisier propôs que existia em todas as combustões uma matéria que compunha o ar que seria determinante para que as reações de queima ocorressem, derrubando, assim, a teoria do flogístico.
Lavoisier propôs a importância de um componente do ar nas combustões
De acordo com a teoria do flogístico (proposta pelo químico e médico Stahl, um apaixonado pela combustão), sempre que um material queimava, ele liberava seu flogístico, isto é, um componente da matéria determinante para queimar. Com seus experimentos, Lavoisier mostrou que esse componente estava obrigatoriamente no ar, além de provar que, em toda reação química, existe uma conservação da massa, assim enunciada:
“A massa dos reagentes de uma reação química é igual à massa dos produtos dessa mesma reação.”
Muitos foram os estudiosos que contribuíram para o desenvolvimento da Química no século XVIII, principalmente no que tange à escrita do tratado elementar de Lavoisier, como:
O trabalho com gases foi muito intenso no século XVIII
Henry Cavendish foi um químico que realizou experimentos em que ele misturava metais com alguns ácidos. Isso resultou na produção do gás hidrogênio, que foi isolado e estudado em seguida.
Robert Boyle estudou os gases e publicou a origem e o peso do ar, em que apresentou a lei da compressibilidade dos gases. Realizou também estudos sobre o calor, eletricidade e magnetismo.
Joseph Priestley foi um químico que desenvolveu de forma acidental as chamadas bebidas carbonatadas (presença do gás carbônico). Priestley descobriu que esse gás, intitulado por ele de ar fixo, era capaz de extinguir as chamas de uma combustão. Além disso, ele conseguiu também isolar e trabalhar com vários gases, como o dióxido de nitrogênio, óxido nitroso, dióxido de carbono, hidrogênio, monóxido de carbono e dióxido de enxofre.
Perguntas similares
6 anos atrás
6 anos atrás
8 anos atrás
8 anos atrás
8 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás