Respostas
Desde pequeno Teseu era corajoso. Uma vez, quando tinha sete anos, brincava com seus amigos no palácio de seu avô Piteu. Heracles estava de passagem pela cidade e foi convidado para o jantar. Para ficar mais à vontade, o herói deixou no chão a pele de leão que sempre trazia às costas. No meio da refeição, um grupo de meninos entrou correndo no salão e, ao ver o couro, tomou-o por um animal de verdade. Todos fugiram assustados, menos Teseu. Ele pegou a espada de um dos presentes e avançou contra o bicho, para a grande diversão dos adultos, especialmente de Héracles, que o chamou e disse:
̶ Vejo que você é valente. Que tal ser meu ajudante? Vamos sair pelo mundo enfrentando os monstros que atormentam os homens?
̶ Vamos! ̶ respondeu de pronto o menino. ̶ Mas tem um problema. Minha mãe não me deixa ficar acordado até tarde!
Todos os anos, no dia de seu aniversário, Etra pedia ao filho que tentasse erguer a grande pedra. Ao completar quinze anos, ele conseguiu e descobriu os objetos que o pai tinha deixado para ele. Partiu, então, para Atenas e, ao chegar, apresentou-se ao palácio e pediu para falar com o rei.
Egeu estava casado com Medeia, uma mulher que sabia preparar poções de todo tipo. Com seus poderes mágicos, ela descobriu que o jovem era filho de seu marido e teve medo de o pai dar mais atenção ao rapaz do que a ela. Então, convenceu o rei de que o estrangeiro era uma ameaça e que deveria matá-lo. No momento em que o rei ofereceu ao hóspede uma taça que continha veneno, o rapaz tirou sua espada da cinta e colocou-a no chão, para poder sentar-se mais confortavelmente. Egeu não podia acreditar no que via, tratava-se da espada que deixara sob a pedra.
̶ Largue essa taça, meu filho! ̶ gritou o rei aflito.
Teseu obedeceu e escapou da morte. Enquanto pai e filho se abraçavam, felizes com o reencontro, Medeia fugiu para não mais voltar.
A partir de então, Teseu foi morar com seu pai e, anos mais tarde, deu novamente mostras de sua coragem ao partir à ilha de Creta e lutar com o Minotauro, libertando Atenas do sangrento sacrifício que o monstro lhe impunha. Esse ser monstruoso, parte touro, parte homem, devorava os jovens atenienses ano após ano, até que Teseu o enfrentou e o matou bem no centro do labirinto em que vivia.