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Com a ascensão da burguesia ao poder na França, em 1789, surge a necessidade de uma arte harmonizada com o contexto social e com o perfil do público que se formava.
Em meados de 1789, a burguesia capitalista industrial consolidou um padrão artístico próprio, em oposição aos padrões da aristocracia que vigoravam nos três séculos anteriores. Essa nova arte é o Romantismo.
O Romantismo transpirava rebeldia e gosto pela liberdade, foi uma fase voltada para os assuntos contemporâneos e para o cotidiano do homem burguês do século XIX. Esse valorizava o homem emotivo, intuitivo e psicológico, e por isso desprezava o racionalismo dos iluministas.
O Romantismo é a manifestação cultural de uma época de transformações e rupturas, de lutas e incertezas. Na literatura romântica se verificam traços típicos do gosto e da sensibilidade moderna.
Entre outras, o Romantismo apresenta as seguintes características:
- Individualismo: O homem burguês deu livre expressão a seus sentimentos e emoções mais íntimos.
- Feição anticlássica: A estética romântica proclamou a liberdade individual do artista.
- Fuga da realidade: A insatisfação com o mundo leva o romântico a fugir da realidade, expressando suas obras de várias maneiras: fuga para a natureza, fuga para o passado, fuga para o interior de si mesmo, fuga para o lado noturno de vida, para o misticismo, o sobrenatural, o sonho, a loucura ou a própria morte.
- Nacionalismo: O nacionalismo romântico floresce, e propaga a idéia de que cada povo é único e criativo, e expressa seu gênio na linguagem, na literatura, nos monumentos e tradições populares.