"Poema Segundo"
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...
2.No primeiro verso deste poema o sujeito poético apresenta uma comparação com um girassol.
a) Qual a semelhança do olhar do eu lirico com o girassol?
b)O sujeito poético neste poema afirma que basta sentir a realidade, não precisa questionar, não precisa saber por que é ela exite. Explique por que isso ocorre, levando em contas as característica de Alberto Caeiro, o heterônimo de Fernando Pessoa.
c)No verso "e eu sei dar por isso muito bem...", a que se refere o termo "isso"?
3.Qual palavra é retomada pelo termo "a" no trecho "e amo-a por isso"?
Respostas
respondido por:
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a) a nítidez....( a cor)
c)passar pela ansiedade...
3) a natureza....
c)passar pela ansiedade...
3) a natureza....
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