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A Anorexia e a Bulimia são distúrbios alimentares cujos casos vêm aumentando principalmente em adolescentes do sexo feminino. A incidência também é maior nas pessoas com boa condição socioeconômica.
O desejo pela magreza e a busca pelo corpo ideal são características fundamentais para entender esses dois distúrbios. Pessoas com esses transtornos têm uma preocupação excessiva com o peso, medo de engordar e uma distorção da imagem corporal, ou seja, a pessoa não se vê como realmente é.
A Anorexia é um transtorno alimentar caracterizado por um grande temor de ganhar peso, ainda que o paciente esteja muito abaixo do peso ideal. Ele se impõe, então, a uma rígida dieta de restrição alimentar.
Já a Bulimia é mais difícil de ser percebida pelos familiares e é caracterizada por uma etapa grande de ingestão de alimentos e outra de compensação ou purgação, isto é, força-se o vômito ou ingere-se laxantes e/ou diuréticos para eliminar a comida.
Os sinais mais visíveis para se detectar o problema são: não se alimentar na frente de outras pessoas; dizer que já comeu ou ainda vai comer; mesmo muito magra(o) ainda agir como se estivesse em dieta, controlando as calorias dos alimentos que ingere e revelando medo excessivo de engordar; afastar-se das pessoas, tornando-se desconfiada e agressiva; entre outros.
Não há um medicamento específico que pode ser usado no tratamento da Anorexia e da Bulimia, mas os antidepressivos são usados habitualmente, pois muitos pacientes costumam apresentar também sintomas de depressão e pensamentos obsessivos.
Infelizmente, alguns trabalhos realizados, como palestras educativas em escolas, no sentido de prevenir o problema falharam. Há várias razões para isso. Qualquer tentativa de divulgar e alertar sobre o problema é uma gota d’água no oceano da propaganda, mas ainda sim, a divulgação tem papel importantíssimo como maneira de prevenção.
Ter uma educação e sensibilização para a doença e os riscos associados, ter um conhecimento de hábitos alimentares saudáveis, cultivar uma imagem positiva do corpo, reduzir o stress, conciliar descanso com a escola ou trabalho, são alguns fatores que previnem o aparecimento da doença.
Pais, familiares e amigos também possuem papel importantíssimo na hora de se prevenir um distúrbio alimentar. Ações como: não inserir tendências que levem ao perfeccionismo, elogiar talentos e capacidades, não enfatizar a boa aparência como a coisa mais importante na vida, são alguns exemplos.