• Matéria: Português
  • Autor: fabimho
  • Perguntado 8 anos atrás

qual é a primeira tese defendida pelo autor e qual o primeiro argumento para justificar lá

Respostas

respondido por: rafael123zica
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Os avanços da medicina fizeram as feministas se perguntar: o poder incrível e único que têm as mulheres, a maternidade, será substituído por técnicas de laboratório? A reprodução estaria escapando das mãos femininas? A “maternidade artificial” ou “parentalidade artificial” já são fórmulas do presente, que se ampliarão no futuro. Indivíduos estéreis buscarão a reprodução in vitro com seus desdobramentos: implicações éticas, médicas e políticas. A esterilidade já pode ser resolvida pela medicina, explica conhecida socióloga. Se as mulheres podem escolher “quando” ter bebês, contudo, atenção. Depois dos quarenta anos, há riscos. O que tarda pode falhar. Médicos advertem que se torna mais fácil engravidar depois dos 35. O estoque de óvulos de uma mulher nessa faixa etária é um décimo menor que o de uma de vinte anos. A chance de gravidez natural é de uma em vinte em cada mês. O coração pode não estar suficientemente forte para aguentar o trabalho extra exigido na gestação. O corpo dificilmente recuperará as formas depois da esticada radical. Mesmo com os espetaculares avanços da ciência na área da reprodução assistida, a frustração é um resultado bem provável. Alguns esforços, no entanto, chegam a bom fim. O IBGE revela que o número de mães com mais de quarenta anos no Brasil cresceu 27% entre 1991 e 2000. 20 © Comunicação e Linguagem A ajuda da ciência é fundamental nesse caso. Uma das técnicas de reprodução assistida mais simples, utilizada quando a mulher não ovula com regularidade, consiste em administrar hormônios para superestimular os ovários. Comumente, a mulher produz um óvulo por ciclo menstrual; com medicamento, pode liberar até cinco. O método funciona em 10% dos casos indicados; situações mais complicadas exigem inseminação artificial. Os espermatozoides do marido ou de um doador são recolhidos, assim como os óvulos, e a fecundação é feita “artificialmente”, fora do corpo. A chance de sucesso é de 30%, dependendo da paciente. Após, no máximo, três tentativas, a probabilidade de gravidez para uma mulher de 35 anos pode aumentar até 50%, embora, além de difícil, seja também arriscado, pois doenças crônicas, como diabetes, obesidade e hipertensão, podem provocar a interrupção da gestação, informam médicos. Outra preocupação é o aumento do risco de anomalias genéticas. O risco de uma mulher de 35 anos ter, por exemplo, um filho com síndrome de Down é de um em 360, quatro vezes maior do que uma grávida de 25. “Depois dos 30 e poucos anos, a gravidez é um desafio à natureza”, afirma o médico Wladimir Taborda, chefe da maternidade do Hospital Albert Einstein. Conclusão: o relógio biológico não para! (DEL PRIORE, M. Histórias e conversas de mulher. São Paulo: Planeta, 2013. p. 
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