• Matéria: Português
  • Autor: felipe2277
  • Perguntado 7 anos atrás

resumo do conto "O diamante azul"

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respondido por: sthefannyrjsil
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1. Sherlock Holmes em:O carbúnculo azul Por Sir Arthur Conan Doyle PDF por ZOHAR ([email protected]) CPTurbo.org2. Fui visitar o meu amigo Sherlock Holmes na segunda manhã depois do Natal, com a intenção de lhe apresentar meus cumprimentos. Ele estava recostado no sofá, envolto num roupão azul, o cachimbo do lado direito e, ao alcance da mão, um maço de jornais amarrotados, evidentemente consultados há pouco. Ao lado havia uma cadeira sobre cujo espaldar estava pendurado um chapéu de feltro, bastante velho, de aspecto repulsivo e até rasgado em diversos lugares. Uma lente e uma pinça encontravam-se no assento da cadeira, o que sugeria que o chapéu estava ali para ser mais cuidadosamente examinado.— Vejo que está ocupado — disse eu; — talvez o incomode.— Nada disso. Gosto de ter um amigo por perto para poder discutir minhas pesquisas. Oassunto é muito comum — e apontou com o polegar para o chapéu velho —, mas háalguns pontos relacionados com ele que possuem um certo interesse e são atéinstrutivos. Sentei-me na poltrona e aqueci as mãos junto da lareira, pois fazia tanto frio quehavia cristais de gelo nas janelas.— Suponho — observei — que, embora pareça comum, este caso tenha algo de fatal depermeio, ou seja, a pista que vai guiá-lo na solução de um mistério e contribuir para apunição de algum culpado...— Não, não. Nenhum crime... — disse Sherlock Holmes rindo. — Somente umdaqueles engraçados incidentes que surgem quando há quatro milhões de seres humanosacotovelando-se dentro do espaço de poucos quilômetros quadrados. Entre a ação e areação de tão densa colmeia humana, pode-se esperar que aconteça a maior combinaçãode fatos possível e surjam muitos problemas estranhos e bizarros, que nem por isso sãocrimes. Disso já temos experiência....— Tanta — ponderei —, que dos últimos seis casos que juntei às minhas anotações, trêsestavam isentos de qualquer resquício de crime legal.— Precisamente. Você se refere aos esforços que fiz no sentido de recuperar osdocumentos em poder de Irene Adler; ao singular caso da jovem Mary Sutherland e àaventura com o homem da boca torta. Bem, não duvido que o caso presente caia na3. mesma categoria inocente. Conhece o comissário Peterson? — Conheço. — Este trofeu lhe pertence... — É o chapéu dele? — Não, não. Ele o encontrou. Não se sabe quem é o dono. Examine-o, não como a um chapéu velho, mas como um problema intelectual. Mas, em primeirolugar, deixe-me contar-lhe como veio parar aqui. Chegou no dia de Natal, juntamentecom um belo ganso gordo, o qual, a estas horas, não duvido, está sendo bem assado nofogão, em casa de Peterson. Os fatos são estes: às quatro horas da manhã, mais oumenos, no dia de Natal, Peterson, que, como sabe, é um homem honesto, regressava deuma festa e dirigia-se para casa, passando pela Tottenham Court Road. À sua frentecaminhava um homem de altura regular, cambaleando, à luz fraca do gás, e carregandoàs costas um ganso. Quando chegou à esquina da Goodge Street, deu-se um conflitoentre o homem do ganso e um bando de vagabundos. Um desses derrubou o chapéu dohomem, que, tentando defender-se, levantou a bengala e com esse gesto quebrou avitrina da loja que estava às suas costas. Peterson tinha se adiantado para proteger ohomem contra os assaltantes, mas ele, amedrontado por ter quebrado os vidros e vendoque alguém de uniforme se dirigia para ele apressadamente, largou o ganso e fugiu emdisparada, sumindo no labirinto de ruelas que ficam atrás da Tottenham Court Road. Osvagabundos também correram, devido ao aparecimento de Peterson, e assim ele ficou deposse do campo de batalha e também dos trofeus da vitória, que se compunham destechapéu maltratado e do ganso, um dos melhores que ele poderia esperar para o Natal.— Que com certeza restituiu ao dono...— Meu caro, aí está o problema. É verdade que havia um cartãozinho onde estavaescrito "Para a sra. Henry Baker" amarrado à perna esquerda do ganso; é tambémverdade que as iniciais H. B. são ainda perceptíveis no forro do chapéu; mas como hámilhares de pessoas com o sobrenome Baker, e algumas centenas de Henry Baker nestanossa cidade, não é muito fácil restituir uma coisa perdida a qualquer um deles...— Que foi que Peterson fez, então?— Trouxe-me o chapéu e o ganso aqui para casa, na própria manhã do dia de Natal,sabendo que me interesso pelos menores e até mais insignificantes problemas. Guardou-se o ganso até hoje, mas havia sinais, apesar do frio, de que devia ser comido sem maisdemora. Seu descobridor levou-o, portanto, para que suceda à referida ave aquilo que éo destino determinado de todos os gansos, enquanto eu fico aqui com o chapéu docavalheiro que perdeu o seu especialíssimo jantar ou ceia de Natal.— Ele não pôs um anúncio no jornal?— Não.
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