• Matéria: História
  • Autor: elopirulitinhap7hd6e
  • Perguntado 7 anos atrás

Relatos de ex-moradores(as) da Vila Amaury:

“Muita gente não acredita, porque não está nos livros. Eu mesmo nem comento que cheguei aqui em 1958, porque não tenho documento provando. Muitos daquele tempo, e lá da Amaury, sentem isso. Estavam lá, viram e viveram tudo, mas é a palavra deles, sem comprovação. Quando as águas vieram, as pessoas corriam primeiro para salvar seus documentos, para adiante provar que existiam.”
Relato de Pedro Venzi, pescador.



“Ficamos na Vila Amaury até a água chegar, até eles passarem avisando que era pra sair todo mundo, que a água ia cobrir toda a cidade. Eu não me lembro muito desse dia quando a gente saiu da Vila Amaury. Eu era criança e não me lembro muito. Mas via meu pai contando que o povo não acreditava que a água ia chegar. Sei que nós saímos logo e meu pai fez um barraco na Vila Planalto...”
Relato de Maria de Lurdes Batista dos Santos, costureira.



“Quando começou a subir o Lago, muitos tiraram suas coisas. A Novacap ofereceu lotes em Taguatinga. Outros insistiram em ficar, falando que o Lago não ia chegar. [...] Ele foi enchendo aos poucos, não foi da noite para o dia. O pessoal viu chegando aos poucos, todo mundo sabia que ali seria um lago... Muitos, inclusive, trabalhavam nas obras do próprio lago. Ele não pegou ninguém de surpresa. Houve vários avisos para o pessoal sair”
Relato de Luiz Rufino Freitas

Alternativas

(A) O caso da Vila Amaury indica como novas tecnologias, como o georreferenciamento, podem legitimar narrativas e memórias marginais à história oficial.


(B) A escolha de represar o Rio Paranoá e construir o Lago foi feita pelo arquiteto Lucio Costa, vencedor do Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil.


(C) Os documentos apresentados são uma notícia jornalística sobre as imagens subaquáticas feitas no Lago Paranoá e um conjunto de depoimentos de ex-moradores(as) da Vila Amaury em Brasília.


(D) Os relatos dos ex-moradores(as) da Vila Amaury por vezes se contradizem, evidenciando a dimensão subjetiva da memória.

Respostas

respondido por: makmorales
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Olá,

Muitos moradores possuem narrativas que até então não podiam ser comprovadas, já que eles não possuem documentos e nem registros que podem ser usados como provas dos seus relatos. Entretanto, isso está mudando graças às novas tecnologias no campo da geografia, tal como o georreferenciamento.

Os relatos que estavam à margem da sociedade, ou seja, não se dava crédito e não eram vistos com seriedade, hoje se mostram reais graças a tais tecnologias. Portanto:


É correto o que se diz na alternativa A

Espero ter ajudado!
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