• Matéria: Português
  • Autor: 13edi
  • Perguntado 7 anos atrás

resenha sobre o filme Controle Absoluto PFVVVVVV ME AJUDEM

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respondido por: gyovannafofinha
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Desde este filme filme, Clint Eastwood já demonstrava o que o diferencia dos demais diretores. Ele tem a capacidade de pegar uma história que poderia ser boba e deixá-la com um "algo a mais". Outros filmes sobre os bastidores da Casa Branca já foram mais infelizes. Seu segredo é usar um roteiro afiado com ótimos diálogos e um excelente elenco.Ele interpreta Luther Whitney, um ladrão que segundo a polícia é um dos melhores do mundo (todos nos EUA sempre são os melhores do mundo, mesmo que seja para roubar). Algumas vezes, quando não conseguem pistas sobre um roubo, ele é interrogado por ser considerado um dos únicos capazes. Mesmo que ele diga que não tem capacidade física para fazer esse tipo de coisas, ninguém leva muito a sério suas desculpas. Os policiais sabem que ele é capaz, só falta conseguirem pegá-lo.Em um de seus trabalhos, ele está num cofre e um casal chega antes do previsto. Atrás de um espelho, ele consegue ver o que acontece mas eles não podem vê-lo. O sexo começa a ficar cada vez mais violento. Ela bate nele, ele a enforca. Ela o esfaqueia com um abridor de carta e dois homens do serviço secreto atiram nela.O problema é que Luther não viu um assassinato qualquer. O homem é o presidente dos EUA (Gene Hackman). A mulher é a esposa de seu melhor amigo, um bilionário que foi quem o colocou na Casa Branca. Um plano é montado para proteger o presidente e incriminar o ladrão. O policial (Ed Harris) que investiga, porém, sabe que tem alguma coisa errada. Há detalhes na cena do crime que não fazem sentido.Depois de montado todo o suspense, o filme toma uma trajetória inesperada. A maioria dos filmes de suspense são construídos em cima de perseguições e tiroteios. Qualquer relação entre os personagens começa antes do mistério. Clint inverte e depois de armar tudo começa a trabalhar os personagens. Especialmente a relação entre Luther e sua filha, Kate (Laura Linney). Ela diz para ele que não era fácil falar sobre o pai que estava na cadeia e reclama que depois ele sumiu da vida dela. Quando vai a casa dele, descobre que ele esteve sempre presente. Em todos os momentos importantes da vida dela. Talvez ele apenas soubesse que um ex-condenado não ajudaria na carreira de promotora. É esse tipo de relação entre os personagens que torna o filme interessante. A trama não se desenrola tão bem assim. Não é um suspense dos mais emocionantes e o final não vai surpreender a todos. Mas é um filme que nos faz interessar pelos personagens. Tudo muito bem construído. Desde Os imperdoáveis, Clint mostrava que podia ser um diretor que se sobressaísse ao ator em cena. Esse é um dos filmes em que ele mostra o refinamento de seu trabalho, que só foi melhorando desde então.

13edi: mt obrigado
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