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Resumo inteiro kk : O Menino que Desenhava Monstros é uma história sobre pais fazendo o melhor para criar um filho com certo grau de autismo, mas é também uma história sobre fantasmas, monstros, mistérios e um passado ainda mais assustador. O romance de Keith Donohue é um thriller psicológico que mistura fantasia e realidade para surpreender o leitor do início ao fim ao evocar o clima das histórias de terror japonesas.
Crítica: Histórias de terror boas, de verdade, são aquelas que mexem com alguma coisinha dentro de nós. Pode ser uma leve perturbação, um incômodo sem explicação, ou um pensamento que se esconde no fundo de nossa mente e cisma em só dar as caras quando deitamos no escuro do quarto. Uma boa história de terror precisa nos incomodar. E Keith Donohue consegue isso de forma magistral em O Menino que Desenhava Monstros.
Peter Jack é um garoto portador da síndrome de Asperger, condição que dificulta o desenvolvimento das relações sociais. Além disso, após sofrer um acidente, ele desenvolveu uma fobia por lugares abertos, ou seja, passa todos os seus dias dentro de casa. A rotina de Peter se divide entre a família, as visitas de seu único amigo, Nick, e sua obsessão por desenhar. De preferência monstros e criaturas bizarras. Essa aparente tranquila relação é abalada a partir do momento em que Peter começar a ter pesadelos, tornar-se agressivo, e reclamar de monstros rondando sua cama e a casa.
É assim que Keith nos pega pelas mãos e, lentamente, vai nos envolvendo em cenas em que as coisas podem não ser exatamente aquilo que parecem. Os medos da infância que todos nós já tivemos um dia, os barulhos que nos acordam a noite e todo aquele universo que nossa imaginação consegue criar, sem limites, gera uma identificação imediata e nos perturba. E a perturbação vai crescendo à medida que situações ambíguas nos fazem duvidar de diversos “fatos” ao correr da história. Em vários momentos cheguei a me perguntar se Peter não seria o vilãozinho que estava apenas zombando de nós o tempo todo.
A narrativa vai crescendo à medida que se aproxima do fim e é nele que está contida toda a potência da história. O fim do livro é um soco daqueles de tirar o equilíbrio. Um soco que foi sendo preparado durante toda a história, mas em cenas e passagens tão comuns, à primeira vista, que não percebemos ou não damos a devida importância.
Para quem espera sustos de arrepiar os cabelos, vai se decepcionar. Este não é um livro “filme B”. É terror psicológico em que a narrativa é construída com calma, sem pressa de despejar todas as informações em cima do leitor. O autor utiliza cada página que acha necessário para não apenas contar a história, mas para nos envolver naquele ambiente. Para ler O Menino que Desenhava Monstros você precisa se preparar para mergulhar no drama vivido por aquela família. É preciso entender as angústias da mãe, o comportamento do pai, e é preciso muita paciência com Peter. Só assim, se entregando ao cotidiano do livro, você vai perceber o quão assustadora (e singela) é essa história.
Crítica: Histórias de terror boas, de verdade, são aquelas que mexem com alguma coisinha dentro de nós. Pode ser uma leve perturbação, um incômodo sem explicação, ou um pensamento que se esconde no fundo de nossa mente e cisma em só dar as caras quando deitamos no escuro do quarto. Uma boa história de terror precisa nos incomodar. E Keith Donohue consegue isso de forma magistral em O Menino que Desenhava Monstros.
Peter Jack é um garoto portador da síndrome de Asperger, condição que dificulta o desenvolvimento das relações sociais. Além disso, após sofrer um acidente, ele desenvolveu uma fobia por lugares abertos, ou seja, passa todos os seus dias dentro de casa. A rotina de Peter se divide entre a família, as visitas de seu único amigo, Nick, e sua obsessão por desenhar. De preferência monstros e criaturas bizarras. Essa aparente tranquila relação é abalada a partir do momento em que Peter começar a ter pesadelos, tornar-se agressivo, e reclamar de monstros rondando sua cama e a casa.
É assim que Keith nos pega pelas mãos e, lentamente, vai nos envolvendo em cenas em que as coisas podem não ser exatamente aquilo que parecem. Os medos da infância que todos nós já tivemos um dia, os barulhos que nos acordam a noite e todo aquele universo que nossa imaginação consegue criar, sem limites, gera uma identificação imediata e nos perturba. E a perturbação vai crescendo à medida que situações ambíguas nos fazem duvidar de diversos “fatos” ao correr da história. Em vários momentos cheguei a me perguntar se Peter não seria o vilãozinho que estava apenas zombando de nós o tempo todo.
A narrativa vai crescendo à medida que se aproxima do fim e é nele que está contida toda a potência da história. O fim do livro é um soco daqueles de tirar o equilíbrio. Um soco que foi sendo preparado durante toda a história, mas em cenas e passagens tão comuns, à primeira vista, que não percebemos ou não damos a devida importância.
Para quem espera sustos de arrepiar os cabelos, vai se decepcionar. Este não é um livro “filme B”. É terror psicológico em que a narrativa é construída com calma, sem pressa de despejar todas as informações em cima do leitor. O autor utiliza cada página que acha necessário para não apenas contar a história, mas para nos envolver naquele ambiente. Para ler O Menino que Desenhava Monstros você precisa se preparar para mergulhar no drama vivido por aquela família. É preciso entender as angústias da mãe, o comportamento do pai, e é preciso muita paciência com Peter. Só assim, se entregando ao cotidiano do livro, você vai perceber o quão assustadora (e singela) é essa história.
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