• Matéria: Português
  • Autor: Anônimo
  • Perguntado 7 anos atrás

Casa Velha da Ponte

Casa Velha da Ponte...
Olho e vejo tua ancianidade vigorosa e sã.
Revejo teu corpo patinado pelo tempo, marcado das escaras da velhice. Desde quando ficaste assim?
Eu era menina e você já era a mesma, e paredes toscas, de beiradão desusado e feio, onde em dias de
chuva se encolhiam as cabras soltas da cidade. Portais imensos para suas paredes rudes de barrotins e
enchimento em lances sobrepostos salientes.
Folhas de portas pesadas de árvores fortes descomunais cerradas à mão, unidas e aparelhadas,
levantadas para a entrada e saída de gigantes homens feros, duros restos de bandeira. Fechaduras anacrônicas,
chavões de broca, gonzos rangentes de feitio estranho e pregos quadrados.
Minha Casa Velha da Ponte... assim a vejo e conto, sem datas e sem assentos. Assim a conheci e canto
com minhas pobres letras. Desde sempre. [...].
CORALINA, Cora. Estórias da Casa Velha da Ponte. 13. ed. São Paulo: Global, 2006. p. 7.


Questão 1
Neste texto, Cora Coralina toma a Casa Velha da Ponte como uma personagem, um ser com uma série de
características humanas. Esse processo de personificação pode ser exemplificado com o seguinte trecho:

a) “Paredes toscas, de beiradão desusado e feio, onde em dias de chuva se encolhiam as cabras”.
b) “Portais imensos para suas paredes rudes de barrotins e enchimento em lances sobrepostos salientes”.
c) “Revejo teu corpo patinado pelo tempo, marcado das escaras da velhice”.
d) “Folhas de portas pesadas de árvores fortes descomunais cerradas à mão”.

Respostas

respondido por: ariellycastro
4
A resposta correta se dá à alternativa C
respondido por: heymikaaaa
5
A resposta é letra c)
a alusão de corpo
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