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1. O que foi a Revolução Industrial? Quando e onde aconteceu?
A Revolução Industrial foi uma transformação radical no processo produtivo – na forma como o homem produzia os meios necessários para a sua subsistência e para a sua comercialização.
Ela implicou na substituição da energia física (humana ou animal) pela produção de energia mecânica (realizada pelas máquinas). Em outras palavras, o homem parou de produzir mercadorias a mão e passou a trabalhar dentro de fábricas.
A primeira Revolução Industrial aconteceu entre 1760 e1860, sendo implantada primeiramente na Inglaterra.
2. Antes da indústria, como o homem produzia aquilo que era necessário para a sua sobrevivência e comércio?
No começo de tudo o homem produzia por meio do artesanato. Era uma produção manual, realizada quase sempre em domicílio e com a ajuda da família. Nesse formato, o artesão realizava todas as fases do processo produtivo e, desta forma, não havia divisão social do trabalho – nem trabalho especializado.
Tudo sempre passava pelas mãos do artesão, mesmo porque era ele o dono da matéria-prima, das ferramentas e da oficina.
Depois, tivemos a fase de transição, conhecida como manufatura. Nela, a produção ainda era feita manualmente, porém com a divisão social do trabalho. Nesse formato, o artesão realizava apenas determinada etapa do processo produtivo.
Como ele não fazia mais o produto por inteiro, a sua remuneração passou a ser um salário – e não mais a venda da peça. Desta forma, ele tornou-se contratado pelo comerciante.
Até que chegamos à maquinofatura, com o surgimento das indústrias e o aparecimento das máquinas. Nessa fase, o trabalho passa a ser feito dentro de uma fábrica sob a supervisão de um burguês (dono dos meios de produção).
Esse burguês promove a separação entre capital e trabalho. Isso significa que o artesão, sem conseguir competir com o preço imposto pela indústria, vende seus meios de produção, suas ferramentas, suas oficinas, até vender a sua mão de obra. O trabalho se transforma numa mercadoria e a sua especialização é ainda mais acentuada.
3. Quais foram os fatores que levaram a Inglaterra a ser a pioneira nessa revolução?
1º A Inglaterra conseguiu realizar a “Acumulação Primitiva de Capitais”, portanto tinha capitais disponíveis para investir. Essa acumulação foi feita por meio da sua expansão marítima, colonização e exploração de territórios, pelo Tratado de Panos e Vinhos e outros.
2º Disponibilidade de matérias-primas. Os ingleses possuíam muito ferro que serviu para fazer máquinas resistentes, tinham carvão mineral e algodão em suas colônias.
3º A Inglaterra possuía mão de obra barata e abundante, já que os artesãos passaram por uma crise e não conseguiram concorrer com os preços estabelecidos pela indústria. Outro fator que sustentava a mão de obra barata era a política de “cercamento” que provocou o êxodo rural.
4º Supremacia naval. A Inglaterra era reconhecida como uma potência naval no mundo. Com o domínio dos mares, ela tinha acesso não só a outros mercados consumidores, como também a novas fontes de matéria-prima.
5º A burguesia. A Inglaterra já possuía uma burguesia economicamente poderosa e politicamente hegemônica. Isso se consolida a partir da Revolução Gloriosa de 1688.
6º Por último, a questão cultural e religiosa da ética protestante. Um conceito de salvação está associado à acumulação de riquezas e ao amor pelo trabalho.
4. Quais são as principais características da Revolução Industrial?(Aspectos técnicos).
O primeiro setor a aceitar o uso das máquinas foi o setor têxtil.
A Inglaterra tinha suas matérias-primas em seu território e colônias. Eram elas: ferro, carvão mineral e algodão.
A energia utilizada é a vapor – ela proporcionava ganho de potência e produtividade.
Com a Revolução Industrial rolou o desenvolvimento dos transportes e meios de comunicação.
E por fim o mercantilismo (capitalismo comercial) foi substituído pelo capitalismo industrial.
5. Quais as consequências da Revolução Industrial? (Mudanças na sociedade).
Como consequência temos a substituição de uma sociedade majoritariamente rural e aristocrática (na qual o poder estava relacionado à propriedade da terra) por uma sociedade urbana burguesa.
Temos também a formação de uma nova classe social: o proletariado, também conhecido como classe operária.
Outra consequência foi o “capitalismo selvagem” com a intensa exploração dos trabalhadores por meio das longas jornadas de trabalho (que chegaram até 20 horas), os salários miseráveis, a exploração de mão de obra infantil e feminina.
Como reação do capitalismo selvagem surgiram os movimentos contra as péssimas condições operárias. Por exemplo: o ludismo e o cartismo.
Além de desencadear numa urbanização desorganizada.
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