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Na Península Ibérica, o centro irradiador do Trovadorismo foi na região que compreende o norte de Portugal e a Galiza.
Assim, a Catedral de Santiago de Compostela, centro de peregrinação religiosa, desde o século XI, atraía multidões. Ali, as cantigas trovadorescas eram cantadas em galego-português, língua falada na região. Os trovadores provençais eram considerados os melhores da época, e seu estilo foi imitado em toda a parte. O Trovadorismo português teve seu apogeu nos séculos XII e XIII, entrando em declínio no século XIV.
O rei D. Dinis (1261-1325) foi um grande incentivador que prestigiou a produção poética em sua corte. Foi ele próprio um dos mais talentosos trovadores medievais com uma produção de 140 cantigas líricas e satíricas aproximadamente.Além dele, outros trovadores obtiverem grande destaque: Paio Soares de Taveirós, João Soares Paiva, João Garcia de Guilhade e Martim Codax.
Nessa época, as poesias eram feitas para serem cantadas ao som de instrumentos musicais. Geralmente, eram acompanhadas por flauta, viola, alaúde, e daí o nome “cantigas”. O cantor dessas composições era chamado de "jogral" e o autor era o "trovador". Já o "menestrel", era considerado superior ao jogral por ter mais instrução e habilidade artística, pois sabia tocar e cantar. A literatura medieval portuguesa é dividida em dois períodos:
Primeira Época (1198 a 1418)
O ano de 1189 (ou 1198) é considerado o marco inicial da literatura portuguesa. Essa é a data provável da primeira composição literária conhecida “Cantiga da Ribeirinha” ou “Cantiga de Guarvaia”. Ela foi escrita pelo trovador Paio Soares da Taveirós e dedicada a dona Maria Pais Ribeiro. Em 1418, Fernão Lopes é nomeado chefe dos arquivos do Estado (guarda-mor da Torre do Tombo) e suas crônicas históricas tornaram-se marcos do Humanismo em Portugal
Segunda Época (1418 a 1527)
Em 1527, o escritor Sá de Miranda introduz as ideias do Classicismo em Portugal, inaugurando um novo estilo literário.