• Matéria: Português
  • Autor: sato210318
  • Perguntado 7 anos atrás

Qual dos dois destinos, Aquiles escolheu ???

Respostas

respondido por: maygelinskiedua
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Uma vida longa sem glória ou uma vida curta com glória. Assim sendo, sua opção por voltar à batalha para vingar Pátroclo foi consciente para cumprir seu destino de herói

sato210318: Mas qual dos destinos ele escolheu ?
Ytamaiba: ler o meu o último ta la pro fim
Ytamaiba: ta assim aquiles escolheu
Ytamaiba: olha la
sato210318: obrigada
Ytamaiba: vc viu?
Ytamaiba: Será que da pra marca minha resposta como a melhor
sato210318: sim
Ytamaiba: vlw obrigada
respondido por: Ytamaiba
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 Ilíada, a grande obra de Homero, é dedicada ao seu principal Herói, ou, como a conhecemos, “A Ira de Aquiles”. O filho do  Rei da Ftia, Peleu e da Deusa Marinha, Tétis, cumpre todos os passos e rituais dos heróis míticos, tão bem definidos no mundo grego, mas que se aplica a qualquer cultura, em qualquer tempo. No nosso trabalho A Questão do Herói, inspirado e guiado pelo mestre Junguiano, Junito de Souza Brandão, que novamente nos ajudará neste artigo sobre o maior herói grego, Aquiles.

Usaremos o mesmo método de caracterização para identificarmos o herói: Seu nascimento conturbado, às vezes a sua própria concepção, depois sua Formação Iniciática, a sua Educação, seu Preceptor, Sua Honra e Excelência. heroicos que o tornam a referência de sua gente, sua aldeia, cidade ou do país. Seus epítetos e identidade secreta, que também é parte de sua iniciação. As contradições de seus atos, as ações desmedidas e por fim sua morte, quase sempre trágicas, sua dokimasía, o seu “conjunto de provas” final.

Peleu, filho de Éaco e Endeis, foi treinado e preparado para ser Rei e guerreiro pelo mais famoso preceptor do mundo grego, o Centauro Quíron, de que se torna amigo para sempre, seu conselheiro não apenas na formação guerreira e moral, mas também o ajuda a “conquistar” a deusa marinha, Tétis. Com os ardis de Quíron, que sabia das várias metamorfoses da filha de Nereu, aproveitou quando ela virara verga, Peleu, usando de toda sua força a sufocou até dominá-la, aceitando ser esposa do jovem guerreiro, rei da Ftia (Tessália).

O Casamento não era feliz, não foi por amor ou consentimento, Peleu e Tétis tiveram seis filhos e a todos matara tentando torná-los imortais. Há duas variações de como Tétis agia para fazê-los indestrutíveis: a primeira era de que os temperava no Fogo, a segunda tese era de que ela os mergulhava no rio infernal, o Rio Estige, pois ao ser mergulhado, nestas águas, qualquer um tornava-se invulnerável. Ao nascer o sétimo filho, Peleu interveio e tomando-o das mãos da mãe, o segurou pelo calcanhar, temperando-o no fogo, ou mergulhando-o no Estige, o corpo ficou invulnerável, exceto o calcanhar. Com ódio de Peleu, Tétis abandonou o marido e volta a sua morada no mar, mas será “protetora” de Aquiles.

Aquiles, de quem se dizia antes de nascer, que o filho de Tétis seria mais forte e poderoso que seu pai, o que fez com que Zeus e Posídon não violassem Tétis, mesmo que a desejassem, se afastaram dela. Peleu entrega o filho para que o centauro Quíron o prepare para a arte da guerra e que tenha uma Educação completa nas demais artes. A força descomunal do jovem já chamava atenção desde muito cedo, o que no futuro, graças as lições do grande Preceptor, o tornará famoso e temido. Mas a Moîra, seu destino, estava traçado que perecerá jovem.

Quando da preparação da guerra contra Tróia, a consulta do oráculo dizia que somente com a presença de Aquiles, os gregos, lograriam sucesso na invasão à cidade de Ilion. Segundo Junito “Não foi fácil convocar alguns dos chefes e heróis indispensáveis para a vitória dos Aqueus. É o caso, entre outros, de Aquiles, sem cuja presença, consoante a profecia de Calcas, Tróia não poderia ser conquistada. É que o herói fora escondido pela própria mãe, Tendo ciência de que o fim de Tróia coincidiria com a morte do filho, Tétis vestiu-o com hábitos femininos e o conduziu para a corte do rei Licomedes, na ilha de Ciros, onde o herói passou a viver disfarçado no meio das filhas do rei, com o nome de Pirra, isto é, ruiva, porque o herói tinha os cabelos louro-avermelhados. Sob esse disfarce feminino, Aquiles se uniu a uma das filhas do rei, Deidamia, e deu-lhe um filho, Neptólemo, o mesmo que, mais tarde, tomará o nome de Pirro“. Aqui mais um ítem fundamental do Herói, a identidade secreta, no cado de Aquiles, Pirro, Pirra, também conhecido como o Pelida (por ser filho de Peleu).

A grande gênese do herói, de caráter nacional, depois para o mundo e por toda a eternidade se dará justamente nesta busca dos gregos para que participe da guerra. Continuemos com a magnífica exposição de Junito, deste momento decesivo para Aquiles e sua dimensão heroica, diz ele,  que “Tendo conhecimento do esconderijo do filho de Tétis, Calcas o revelou aos Atridas, que enviaram Ulisses e Diomedes para buscá-lo. Mesmo assim o maior dos heróis aqueus teve uma oportunidade de escolha, pois Tétis preveniu o filho do destino que o aguardava: se fosse a Tróia, teria uma fama retumbante, mas sua vida seria breve; se, ao contrário, ficasse, viveria por longo tempo, mas sem glória. Aquiles escolheu a vida breve e gloriosa. O historiador latino, Caio Salústio Crispo (86 – ~ 35 a.C.), muitos séculos depois, ainda faria ecoar a opção de Aquiles: … et quoniam uita ipsa, qua fruimur
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