Respostas
Os cientistas calculam que a Terra se formou há cerca de 4,5 bilhões de anos e que a vida surgiu 700 milhões de anos depois (por volta de 3,8 bilhões de anos atrás).
Ninguém sabe ao certo como surgiu a vida na Terra, mas existem algumas hipóteses. A mais aceita é a de que as condições da Terra primitiva (erupções, tempestades, radiação, etc.) causaram a formação de substâncias orgânicas nos oceanos do planeta, dando origem a uma “sopa primordial”. Essas substâncias reagiam entre si, e, ao longo de milhões de anos, as reações tornaram-se cada vez mais complexas. Os cientistas têm muitas dúvidas sobre como isso aconteceu, mas concordam que em algum momento essa combinação de substâncias orgânicas conseguiu fazer cópias de si mesma, se replicar, isto é, se reproduzir, dando origem ao primeiro ser vivo.
É cada vez mais aceito entre os cientistas que cometas e meteoritos tenham funcionado como importantes meios de transporte para abastecer de água a Terra primitiva. Neles também são encontradas substâncias orgânicas. Dessa forma, grande parte da matéria-prima dos seres vivos (substâncias orgânicas e água) teria vindo do espaço. Nesse am biente é muito comum encontrar materiais com elementos químicos que estão presentes nas substâncias orgânicas e, portanto, na composição dos seres vivos. Fragmentos de meteoritos, que podem ter menos de 1 mm de comprimento, são materiais que caem regularmente na Terra.
Alguns cientistas propõem que cometas ou meteoritos tenham transportado não apenas os elementos químicos (matéria-prima), como também seres vivos bem primitivos de outra parte do espaço para a Terra. Essa hipótese é conhecida como panspermia. Mas atenção, não se trata da chegada de seres extraterrestres em discos voadores, e sim de microrganismos (como bactérias). Para isso acontecer, os microrganismos deveriam resistir a uma viagem pelo espaço – suportar a radiação ultravioleta solar direta e a temperatura extremamente baixa do espaço. Será que algum microrganismo suportaria essas condições?
A resposta parece ser sim. Hoje se conhecem algumas bactérias que são resistentes a condições extremas, como temperaturas muito altas ou muito baixas, alta salinidade, ausência de água, grandes pressões e radiação. Essas bactérias são conhecidas como organismos extremófilos. A existência de microrganismos extremófilos na Terra atualmente permite supor que seres similares a eles possam existir em outros planetas ou em seus satélites que possuam condições extremas. Várias pesquisas estão sendo feitas para se detectar a possível existência de vida em luas de Júpiter, em luas de Saturno, em luas de Netuno, em planetas-anões, e em Marte, onde a água em estado líquido já foi confirmada em 2015 e onde estima-se que no passado possa ter existido água suficiente para abrigar seres vivos.
Os primeiros seres vivos deveriam possuir estrutura muito simples: uma espécie de membrana determinava seu contorno; dentro dela, estruturas que pudessem capturar e transformar substâncias que servissem de alimento para obtenção da energia necessária à sobrevivência, e material genético, formado por substâncias orgânicas. Este possibilitou a duplicação desses seres a partir da transmissão de características necessárias à sobrevivência dos descendentes, isto é, a bem-sucedida reprodução. É provável que esses seres tenham sido muito parecidos com as bactérias